quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Guerra dos Mundos"

A poeira seca que enferruja o nariz de quem vive na margem do mundo é a mesma que some na porta dos elevadores e é impedida de entrar porque existem andares demais.
A lama que sufoca até os olhos das pessoas nuas de tudo vai sumindo, sumindo, sumindo e morre quietinha na beira do asfalto.
As filas fedorentas jogadas nos bancos dos hospitais são como pesadelos no sono saudável do homem bem nascido e distante da dor.
“A mortandade que assola ao meio-dia” não existe. É piada diante das mesas vazias de compaixão, de gente que não sabe o que é isso.
Os carrinhos de lata de sardinha com rodinhas de sandália havaiana são uma invenção original demais para entrar no mundo repetido dos brinquedos industriais, que cegam os olhos das crianças de rosto rosado, pra lá e pra cá, nas escadas rolantes dos shoppings centers do mundo.
E falando em mundo, o mundo que vive por baixo do mundo que brilha nas TVs não tem graça nenhuma. Merece o refúgio debaixo de algum tapete persa que sobra nos corredores lustrados d’alguma mansão... Alguma mansão na qual nunca entrarei, a menos que eu ganhe na mega sena da virada.
Mas eu nem jogo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Invisíveis

Atearam fogo num garoto de 14 anos que vivia perambulando pelas ruas da Velha Marabá.
Não é de hoje que mendigos esmolam pelos cantos das construções em busca de comida e crack (não necessariamente nesta mesma ordem). O pior é que entre os “donos de nada” que andam no meio de nós há muitas crianças. Eu me encontro com eles quase todos os dias, deitados debaixo de papelões na sala dos caixas eletrônicos das ricas agências bancárias que sugam nossa cidade.
Ninguém olha para eles, nem prefeitura, nem Poder Judiciário, nem Ministério Público... ninguém.
Os órgãos do Estado não cumprem seu dever, previsto no Artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.
Nunca!
Esses meninos e meninas só são lembrados quando roubam, quando matam, quando morrem ou quando são torturados por algum idiota... como agora.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ânimos serenos

Quase uma semana depois do plebiscito, enquanto muitos ânimos estão serenando, refeitos que foram da derrota, ou cansados de comemorar, a divisão do Pará é algo patente nas ruas da capital e do interior.
O Pará, de muitas raças, se divide agora entre paraenses, carajaenses e tapajoaras. O Estado está mais dividido do que nunca.
No geral, o sentimento de exclusão dos interioranos aumentou, enquanto os da capital se acham cada vez mais dono do Estado.
Não deveria ser assim. Não há motivo para festa. O plebiscito deveria deixar uma valiosa lição para todos, a de que precisamos aprender com nossas diferenças.
Se o mapa geográfico foi inalterado, na prática, as pessoas das regiões que sonharam em se emancipar continuam se sentindo pertencentes a outro torrão.
E, ao contrário do que dizem por aí, não há forasteiros aqui. Há gente de todos os lugares, brasileiros e estrangeiros; seres humanos que buscam dias melhores.
Não conheço ninguém, neste Pará imenso (e pobre), que tenha brotado da terra. Nem mesmo nossos primeiros indígenas nasceram aqui.
Não importa donde viemos. Interessa saber para onde vamos. Mas isso ninguém sabe ao certo.
Não, isso ninguém sabe, não. Não e não.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Eis (conforme prometido)

Eu sei que foi o mais nobre dos sentimentos que moveu grande parte das esquecidas regiões do interior do Estado a querer sua emancipação.
Desde meus tempos de menino, vejo o mapa do Carajás em alguns pontos da cidade, principalmente na Casa da Cultura, onde buscava subsídio para meus trabalhos escolares em tempos pré-Internet.
Sei também que, teoricamente, Estados menores são mais fáceis de administrar. Isso sem contar com os recursos que acabam sendo maiores para determinadas regiões desassistidas, como é o caso da nossa.
Mas (e sempre há um “mas”), quem de fato seria beneficiado com essa divisão?
Vi muitos de meus amigos (quase todos) abraçarem a causa, empunharem uma bandeira, que não ajudaram a criar e não sabem nem quem a fez.
Muita gente em Marabá aceitou o Estado de Carajás, como os cristãos aceitam a Bíblia, pela fé, sem pararem ao menos para debater se este era realmente o caminho a seguir neste momento.
E os debates em torno do assunto mostraram que o eleitor e muitos de nossos representantes políticos ainda são rasos.
De repente aconteceu a coisa mais idiota do mundo: a questão virou uma luta da capital contra o interior, de modo que morar aqui e votar no “Não” era sinônimo de traição e vice-versa.
Enquanto isso, outros debates importantes começaram a ser postos de lado. Não se questionou, por exemplo, algo como: Se Estados pequenos fossem sinônimo de desenvolvimento, um dos piores Estados do País não seria o Alagoas.
Ou se a quantidade de representantes políticos em Brasília fosse sinônimo de melhoria de vida, o Nordeste não seria uma região tão miserável.
Em Belém, uns bradavam “Não e Não”, fugindo a qualquer diálogo. Aqui, outros cegaram e viram apenas essa saída.
Mas os daqui esqueceram-se que nosso modelo político corrupto, centralizador e excludente é tão avassalador que, em caso de criação do Estado do Carajás, as boas pessoas que derramaram suor nessa campanha e botaram a cara a tapa, seriam jogadas ao ostracismo em questão de meses, para dar lugar aos velhos coronéis.
A criação de um novo Estado – não se enganem – geraria uma unidade federativa tal qual a de hoje, governada por uma elite pecuarista e minerária, com raras exceções que ficariam amordaçadas no curso da história, na periferia do poder.
Talvez uns poucos se beneficiariam com a criação de novos cargos políticos – necessários, é verdade, para o andamento da máquina administrativa.
Muitos dizem que ter governos mais perto é bom porque nos permite cobrar de nossos representantes. Eu pergunto, então: Por que não cobramos uma postura mais séria de nossos vereadores (que são nossos vizinhos) em relação à administração municipal, que atropela os direitos do povo sem ser incomodada?
Muitos dizem que ter um Poder Judiciário mais próximo também seria bom. Será mesmo? Num país, onde as cadeias estão cheias de negros e pobres, que diferença isso faria? Talvez os pobres seriam enjaulados mais cedo, enquanto os ricos desonestos continuariam pagando cestas básicas e ficando livres.
Muitos dizem que o desmatamento na nossa região é provocado pela ausência do Estado, que está distante. Então por que é que muitos dos grandes desmatadores são favoráveis à criação de Carajás? Para tornarem-se honestos só depois disso?
Se Marabá virasse capital, continuaríamos excluindo nossos irmãos do interior, como somos excluídos pela elite parasita de Belém, que é também excluída pela elite do Sudeste do Brasil e que, da mesma forma, é excluída pelos países desenvolvidos.
Se criássemos o Carajás, teríamos mais hospitais, como o que já existem no Sul Maravilha? Então por que é que nesses grandes centros do Brasil – inclusive em Belém – os pobres continuam morrendo na fila dos hospitais, mesmo tendo mais estrutura?
Parabenizo e respeito a luta de todos que entraram de cabeça nesta causa acreditando num ideal, mas acho que nós (eleitores e políticos) ainda não estamos preparados para isso.
Para a corrupção existente no nosso País não tem tanto de dinheiro que chegue. E o pior é que temos poucos políticos confiáveis. Os bons, na verdade, são exceções que servem apenas para confirmar a regra.
E sabem por que Carajás não daria certo neste momento? Por que este mundo que nós chamamos de normal está de pernas para o ar. Só que ninguém parece ver isso.
Como diria o poeta: “Meus amigos parecem ter medo de quem fala o que sentiu; de quem pensa diferente; nos querem todos iguais. Assim é bem mais fácil nos controlar e mentir, mentir, mentir e matar, matar, matar o que eu tenho de melhor: minha esperança”. 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Onde anda o bonzão de votos?

Embora tenha conseguido mais de 30 mil votos na última eleição para deputado estadual, quase todos em Marabá, o ex-prefeito Tião Miranda (PTB) anda longe dos debates em torno da criação do Estado de Carajás.
Não se expôs ao debate. E sabe por quê? Porque teve medo de encarar Simão Jatene e perder os cargos que conseguiu no governo do Estado.
Todos sabem minha opinião sobre o assunto, mas é bom que a população de Marabá (que é 90% a favor do Carajás) lembre disso. Tião mostrou quem ele realmente é... Isso para os que não o conheciam.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Dia 12, prometo

Vou falar o que eu penso sobre a reorganização territorial do Pará no dia 12. Fiz um compromisso com um grande amigo que não tocaria neste assunto até passar o plebiscito e vou manter minha palavra.
Por enquanto, quem estiver em dúvida, assistam jornais, leiam livros, escutem o rádio, acessem a Internet, conversem com as pessoas e consultem suas consciências.
Aquele abraço.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O que é que eu falei? (Parte 2)

Documento oficial da prefeitura (lá embaixo) confirma que o prefeito Maurino Magalhães repassou nada menos de R$ 177,5 mil para a Igreja Assembleia de Deus realizar o 19º Congresso das Senhoras da Igreja. Isso mesmo, 177 paus!
O dinheiro foi repassado por meio da Associação Educativa e Cultural Missão Amazônia, conforme cópia de extrato de convênio que eu tenho aqui nas minhas mãos e segue anexa aqui no blog.
Agora, eu pergunto: Isso é certo?
Vocês não estão entendendo, a prefeitura cedeu o ginásio poliesportivo para sediar o evento e ainda deu quase R$ 180 mil só para a igreja fazer o tal congresso.
O pior é que membros de outras denominações religiosas dizem que não recebem recursos para promover suas atividades e ainda são obrigados a pagar uma taxa quando solicitam utilização do mesmíssimo ginásio poliesportivo.
Não é preciso dizer pra ninguém que o prefeito Maurino Magalhães é membro da Assembleia de Deus.
Em tempo:
Não é uma crítica à igreja ou aos seus membros fiéis; é uma crítica aos dirigentes dessa entidade e ao prefeito.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O que é que eu falei?

A mudança no secretariado promovida pelo prefeito Maurino Magalhães está dando pano para as mangas. Por exemplo, o novo secretário municipal de Saúde, Nilson da Costa Piedade, é pastor evangélico da mesma igreja de Maurino e teria sido indicado pelo presidente da igreja em Marabá, pastor Sales Batista.
Já o caso do novo secretário municipal de Gestão Fazendária, Marcos Davi Aguiar, é, no mínimo, curioso. O nome dele aparecia no expediente de um jornal local, que tem circulado gratuitamente todas as segundas-feiras em Marabá, mas que teria sede em Brasília. Até aí tudo bem...
Davi Aguiar, que, até então, nem era morador de Marabá, era o titular da Secretaria de Relações Institucionais da prefeitura, com sede também em Brasília, e que foi extinta depois de muitas críticas, inclusive de gente aliada do prefeito. Ou seja, Davi foi só realocado de secretaria.
Detalhe: Para muitos, o verdadeiro dono do tal jornal de Davi (Gazeta de Carajás) seria o prefeito Maurino Magalhães. Isso (pra falar a verdade) ninguém conseguiu provar, mas essa ligação entre o prefeito e Davi deixa pelo menos alguns indícios a serem seguidos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Caros Amigos

Depois de algum tempo sem atualizar meu blog, por questões várias, pude finalmente ler os comentários e publicá-los, praticamente todos. Alguns comentários eu gostei muito, outros nem tanto e outros eu preferia nem ter lido. Mas tudo bem.
Aqui vão alguns esclarecimentos aos meus leitores. Vamos lá:

1) Não tenho nada contra os evangélicos (minha mãe é evangélica, minha irmã e muitos de meus melhores amigos e parentes);
2) Nosso blog (meu e de vocês) não é voltado para debates religiosos;
3) Qualquer idiota sabe que não foram apenas os evangélicos quem elegeram Maurino, mas qualquer idiota sabe também que há muita gente da igreja dele contratada com cargos de confiança na prefeitura (isso é fato). Achar isso normal, ou dizer que qualquer um faria o mesmo, é se igualar a esse tipo de político.
4) Não ofendi nenhum evangélico, nem a Bíblia e muito menos a Deus. Podem procurar minhas palavras aí que vocês vão ver. Apenas acho que vivemos num país livre e eu tenho o direito de acreditar naquilo que eu considerar que merece crédito. Só isso. Quem quer respeito em relação a sua religião precisa aprender a respeitar o ponto de vista dos demais. Na própria Bíblia (que quase todos defendem cegamente sem ao menos conhecê-la), o profeta Elias diz ao povo: “Se vocês crêem que Deus é Deus, então sigam; se crêem que Deus é Baal, então sigam”.
5) Para o comentarista anônimo das 06h54 (dia 26), Êxodo 20:17, diz: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”
6) Peço desculpas pelos que se sentiram ofendidos, mas peço também que respeitem meu ponto de vista e meu jeito de ser. Eu posso estar completamente enganado, mas nesse ponto ainda não conseguiram me convencer disso.
Aquele abraço.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mais gente na rua (ou sobre os falsos profetas)

Na tentativa desesperada de desfazer a m... que vem fazendo na prefeitura, Maurino Magalhães começou a demitir contratados a 3x4. Dizem que vão ser 800 até o final do ano. A maioria dos candidatos a desempregados é gente da Assembleia de Deus, que faz tudo diferente do que está escrito na Bíblia. Mas, pelo visto, somente desgostando o exército de puxa sacos que ele jogou na prefeitura para ficarem sem fazer nada é que Maurino vai reequilibrar as contas do município e pagar os salários e o 13º do pessoal que realmente trabalha.
Talvez este seja o único mérito de Maurino: consertar os problemas que ele mesmo criou.
Para os que estão saindo agora, fica o consolo de saber que foi bom enquanto durou.
Só que tem uma coisa: os funcionários fantasmas, que dizem  acreditar em Deus e na Bíblia, terão de prestar contas com Deus no juízo final, pois muitos em Marabá passam necessidade enquanto eles ganharam dinheiro público sem fazer nada... e o que é pior: nunca perderam uma noite de sono por isso.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Caso Dezinho: Onze anos de impunidade

No próximo dia 21, serão lembrados os 11 anos da morte do sindicalista José Dutra, o “Dezinho”. Motivado por disputa pela posse de terras, o crime ocorreu em Rondon do Pará e os mandantes nunca foram presos.
Uma ampla programação no decorrer da semana marcará a data e cogita-se a vinda de artistas do quilate de Wagner Moura e Camila Pitanga à região. Os movimentos sociais se articulam nesse sentido.

Canetada tira quase 400 contratados da PMM

 A Secretaria de Comunicação Social (Secom) confirmou que na manhã de hoje a Prefeitura de Marabá demitiu quase 400 servidores contratados, grande parte deles com cargos comissionados. A medida foi aplaudida pelo presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Marabá (Servimmar), José Edmilson Oliveira.
 Extraoficialmente, circula a informação de que mais 400 servidores devem tomar o mesmo rumo. Segundo Edmilson Oliveira, tinha muito cacique pra pouco índio na prefeitura. Ele disse também que muitos desses “trabalhadores” sequer pisavam na prefeitura.
 Mais extraoficialmente ainda os comentários são de que muitos dos contratados são parentes de pessoas que têm cargos de confiança. Há casos de gente que nem em Marabá mora. Vale lembrar que a prefeitura, até ontem, ainda não conseguiu pagar o salário de outubro de todos os servidores.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Polícia: um privilégio de quem pode pagar?

Enquanto muitas áreas da periferia de Marabá vivenciam assaltos, tráfico de drogas, homicídios e casos de violência doméstica, completamente desassistidas do poder repressor do Estado, outras áreas mais nobres da cidade, com toda segurança privada, como é o caso dos condomínios, contam com viatura policial na porta.
Um exemplo disso está no condomínio Solar das Castanheiras, no Bairro Novo Horizonte, protegido por muro, câmeras de segurança e guarita. Além disso, os moradores dos apartamentos, que custam em média R$ 200 mil, ainda têm o privilégio de contar com uma viatura da Polícia Militar bem na porta todas as noites. É só conferir.

A República dos Sem-Salário

Até o final da tarde de hoje (14), os funcionários da maioria das secretarias municipais da Prefeitura de Marabá permaneciam sem receber o salário do mês de outubro. Por conta disso, está mantido indicativo de greve para quarta-feira (16).
Até o momento, somente receberam pagamento os servidores da Educação, Saúde e Secretaria de Obras. “O restante continua chupando o dedo”, declarou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marabá (Servimmar), José Edmilson Oliveira.
Ele lembra que até mesmo os trabalhadores de 10 secretarias que estavam agendadas para receber no final de semana (porque os cheques já teriam sido depositados) ainda não viram a cor do dinheiro. É o caso, por exemplo, do pessoal do DMTU, Meio Ambiente, Agricultura e Arrecadação Fazendária.
Segundo José Edmilson Oliveira, a concentração dos grevistas está mantida para a porta do Centro Administrativo da Prefeitura, a partir das 8 horas da manhã de quarta-feira.
Não foi possível manter contato com a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura no dia de hoje em razão do ponto facultativo de ontem em várias secretarias municipais.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Secretaria Sem Comunicação

Por incrível que pareça, a Secretaria Municipal de Comunicação está sem comunicação desde o último dia 2, quando caiu o maior toró na cidade e os telefones ficaram mudos.
Passado mais de uma semana, o problema não foi solucionado. Em parte a culpa pela lentidão em ajeitar o problema se deve à ausência do secretário Gilson Magalhães, irmão do prefeito, que nunca mais deu as caras na repartição.
Dizem que ele só aparece lá no começo da noite, quando já não tem mais ninguém na secretaria.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Maurino no Getsêmani

Cinismo. Eis aí a única palavra que pode caracterizar o prefeito Maurino Magalhães. Ele se comparou com personagens bíblicos para justificar seus rotineiros afastamentos da prefeitura. O prefeito se diz vítima de “perseguição”.
Vamos lá:
Maurino teve a audácia de se comparar com os reis Saul e Davi e com os profetas Elias e Daniel (e seus três amigos Sadraque Mesaque e Abdenego).
Já li a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse e não vi nenhum desses personagens bíblicos envolvidos em denúncias de compra de voto, Caixa 2 e dilapidação do patrimônio público.
Mas tem outros personagens bíblicos que talvez se encaixem melhor no perfil de Maurino. Tem o cara das 30 moedas de prata e o outro que tem vários nomes... e por aí vai.
Foi só pra “descontrariar”.
No famoso Sermão da Montanha, Jesus diz o seguinte: “Bem aventurado sois, quando por minha causa vos perseguirdes e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
No caso de Maurino, ele não pode dizer que está sendo bem aventurado, pois não é mentira dizer que o prefeito fez Caixa 2 e agora está deixando um buraco negro nas contas da prefeitura.
Na verdade, se o Brasil fosse um País sério, o senhor prefeito e tantos outros políticos estariam do outro lado do muro.
Falando nisso, vamos iniciar uma série aqui, chamada “Antes não tinha, agora tem”.
A de hoje é: “Servidor com salário atrasado, antes não tinha, agora tem”.
Comentem, dê sua opinião.

Maurino de volta e servidores sem salário

Na tarde de hoje (9), o juiz José Rubens Barreiros de Leão, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA), acatou medida cautelar impetrada pelos advogados do prefeito Maurino Magalhães, restituindo-o ao cargo. Comunicada da decisão, a juíza eleitoral de Marabá, Cláudia Favacho Moura,  imediatamente notificou os interessados, inclusive os meios de comunicação.
Maurino reassumiu na tarde de hoje mesmo, em meio a uma crise por conta do atraso no pagamento dos salários dos servidores municipais. Inclusive, parte dos trabalhadores da Saúde chegou a paralisar as atividades na manhã de hoje.

Cadê o Tião Miranda?

Mais uma vez o deputado Tião Miranda, campeão de votos na última eleição, se furtou de participar de um debate importante para Marabá.
Tião nem deu as caras na sessão especial que debateu a implantação da Alpa no município.
Pegou carona com ele a não menos importante deputada Bernadete ten Caten. Os dois não foram vistos na sessão.
Aliás, Tião e Bernadete têm sido muito tímidos noutro assunto que requer a participação dos dois: a criação do Estado de Carajás.
Parece que estão em cima do muro ou escondidos detrás dele.
É lamentável.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Irismar prefeita

Atualizações sobre a cassação do prefeito Maurino Magalhães.
Neste momento, Marabá tem uma mulher como prefeita: a vereadora Irismar Sampaio, que interinamente está como presidente da Câmara Municipal de Marabá.
Amanhã (8), quando o vereador Nagib Mutran Neto, presidente da Câmara, retornar de Belém,  ele assumirá a chefia do Executivo Municipal.
Amanhã também, o deputado João Salame será notificado do prazo de cinco dias que tem para dizer se assume ou não a prefeitura, já que ele foi o segundo colocado na eleição passada.
Salame não foi notificado hoje porque está em Itaituba.

Confirmado: Maurino cassado (de novo)



Às 12h50 da tarde de hoje (7), a juíza da 100ª Zona Eleitoral de Marabá, Claudia Regina Moreira Favacho Moura, publicou a decisão que cassou, mais uma vez, o cargo do prefeito Maurino Magalhães de Lima (PR), por crime de Caixa 2 cometido na campanha eleitoral de 2008.
A juíza mandou intimar o vice-prefeito de Marabá, Nagilson Rodrigues Amoury, para que recorra da decisão, e também o PPS, partido que ingressou com a ação que agora culminou na cassação de Maurino.
Outro notificado foi o presidente da Câmara Municipal de Marabá, Nagib Mutran Neto (PMDB), para que assuma a prefeitura de forma imediata, pelo prazo de cinco dias.
Além disso, a juíza Claudia Moura mandou notificar o segundo colocado na eleição passada, deputado João Salame (PPS), para que, no prazo de cinco dias, assuma o Poder Executivo Municipal.
Com relação ao prefeito cassado, Maurino Magalhães, a magistrada disse que este não precisa ser notificado, pois já havia recorrido da decisão, ainda na sexta-feira (4), de modo que sua ciência da decisão é “inequívoca”.
Por outro lado, o advogado Fabio Sabino, que defende os interesses do prefeito Maurino Magalhães, disse à Imprensa que está aguardando o resultado do recurso impetrado ainda na sexta-feira.
Maurino foi cassado novamente porque o juiz José Rubens Barreiros de Leão, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA), extinguiu a liminar que mantinha o prefeito no cargo, desde o dia 4 de outubro, por entender que a liminar perdeu seu objeto, uma vez que foi publicada três dias depois que a cassação do prefeito já havia sido prolatada.
Este foi o terceiro afastamento de Maurino somente neste ano de 2011. O primeiro afastamento aconteceu em 25 de janeiro e o segundo no dia 4 do mês passado.
O termo Caixa 2 se refere a recursos financeiros não contabilizados e não declarados à Justiça Eleitoral.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Maurino poderá ser cassado segunda-feira

O mesmo juiz Rubens Barreiros de Leão, do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), que havia expedido Mandado de Segurança, tornando sem efeito a sentença da juíza Cláudia Regina Moura, da 100 Zona Eleitoral de Marabá, reconheceu que o Mandado de Segurança realmente perdeu o efeito, uma vez que foi prolatado depois que a sentença da juíza, cassando o prefeito Maurino, já havia sido publicada. Com isso, o Mandado foi extinto e fica valendo a decisão que cassou o prefeito por crime de Caixa 2 na campanha eleitoral de 2008.
Diante disso, a juíza Cláudia Moura, que está em Belém, participando de um seminário sobre propaganda eleitoral, ao retornar a Marabá na segunda-feira (7), vai notificar o presidente da Câmara Municipal, Nagib Mutran (PMDB), para que este assuma a prefeitura interinamente e dará cinco dias de prazo para que o segundo colocado na eleição passada, deputado João Salame (PPS), diga se quer ou não assumir a prefeitura.
Por outro lado, os advogados do prefeito Maurino Magalhães já entraram com recurso na Zona Eleitoral de Marabá e também no TRE para revogar o despacho. Caso o Tribunal julgue procedente o apelo de Maurino antes de segunda-feira, aí o prefeito se mantém no cargo.
Entrei em contato agora pouco com a juíza Claudia Moura, mas ela não quis comentar o assunto.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A chuva e os Finados (Enquanto)

Enquanto a periferia da cidade se dissolve em meio ao líquido fantasma que emana das necessidades sociais urbanas, numa dança de colchões, sofás, fogões e geladeiras, nadando pela manhã melancólica dos mortos, a Defesa Civil cochila sob edredons aquecidos de despreparo e medo de morrer de frio.
Enquanto a lama desenha rostos de perplexidade num mar cercado de tomadas elétricas e paredes derretidas, molhando até os ossos dos marinheiros, o avião cruza os céus do mundo levando gente que vai mentir na Europa.
Enquanto o plangente solilóquio dos sapos no brejo aumentava debaixo das catacumbas silenciosas e resfriadas, pelo receio de morrer com a boca cheia d’água, a ONG que cuida do sorriso das crianças que não existem enchia seus bolsos imprudentes e fedorentos a vela e incenso.
Enquanto a Transamazônica se gelatinava encaldando carros, motos e bicicletas, numa sepultura gordurenta de isolamento dos 33 cavaleiros do Apocalipse, o dinheiro passeia livre pelo ralo entupido da Criminosa Grota, que mata de vergonha e de cansaço.
Enfim: Enquanto a periferia do mundo real se desmancha, sufocando os pulmões e arregalando os olhos encharcados dos quase mortos, o céu ainda é de brigadeiro no cume da árvore de folhas caídas.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Segura o chororô

Torcedores do Paysandu neste imenso Estado choram os problemas extra-campo que dificultam o acesso do time à Série B. Reclamam que o Bicolor perdeu três pontos e que não vai mais jogar a última em casa, como estava previsto.
Na verdade, o que a Confederação Brasileira de Futebol está fazendo com o Paysandu é o mesmo que a Federação Paraense sempre fez com os times do interior. Agora, os torcedores do Papão sabem o quanto é difícil torcer para um “time pequeno”.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Justiça bloqueia R$ 2,5 milhões da prefeitura

A juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati mandou bloquear R$ 2,5 milhões do município. Foram duas contas bloqueadas: uma da prefeitura (R$ 1,5 milhão) e outra da SDU – Superintendência de Desenvolvimento Urbano (R$ 1 milhão), autarquia pertencente ao município.
O motivo do bloqueio das contas, confirmado na última sexta-feira (28), foi porque a prefeitura não efetuou o pagamento da primeira parcela do acordo feito entre Valmir Matos Pereira e o município em razão de uma desapropriação das terras referentes ao Bairro do Km 7.
A prefeitura fez um acordo com Valmir Matos, que seria proprietário da área, 34 anos atrás, quando o local foi povoado e se tornou um dos maiores bairros da Nova Marabá.
A prefeitura não efetuou o pagamento porque ainda não conseguiu autorização da Câmara de Vereadores para desembolsar essa quantia, que não estava prevista no orçamento do município. O que ninguém explicou ainda é por que a prefeitura não pediu autorização da Câmara Municipal em tempo hábil.
Fiz contato na tarde de ontem com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura (Secom) e recebi a informação de que realmente o recurso foi bloqueado.
No entanto, a Secom disse não ter recebido informação alguma da Procuradoria Geral do Município (Progem) sobre o motivo do atraso e tampouco antecipou um prazo para fazer o pagamento da dívida.
Não recomendado – Eu também conversou com um dos procuradores do município, Haroldo Silva Júnior, o qual afirmou que recomendou ao prefeito que não pagasse nenhuma indenização de desapropriação de terra para Valmir Matos.
Segundo Haroldo, basta verificar o histórico da área para descobrir que Valmir Matos era posseiro da terra e não proprietário, de modo que teria direito apenas a uma indenização por possíveis benfeitorias realizadas na área, mas nunca teria direito a uma desapropriação.

Vem cá, a Sibéria agora é um País?

No Boletim Informativo nº 179, da Prefeitura de Marabá, está escrito que o prefeito Maurino Magalhães, que acaba de voltar da Alemanha, fez contato com o primeiro-ministro da Sibéria, Wladimir Lavrov, "que expressou grande interesse em fazer um intercâmbio entre os dois países".
Vem cá, a Sibéria, até onde eu sei, é um distrito da Rússia e não um País.
Eu posso até estar enganado, mas eu acho que o Maurino não tem noção do que ele foi fazer na Alemanha, afinal ele não sabe nem com quem ele falou.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Começou a campanha eleitoral nessas bandas

O que estaria fazendo uma retroescavadeira da Prefeitura Municipal de Marabá na zona rural de Brejo Grande do Araguaia?
Respostinha: a máquina está sendo usada para abrir 160 açudes no quase vizinho município.
Próximas perguntas: Alguém sabe quem autorizou o deslocamento da máquina? Alguém sabe se existe convênio assinado entre as duas prefeituras? E quem são os beneficiados?
Para essas perguntas eu não tenho resposta, mas é fácil dar alguns palpites.
Todos sabem, por exemplo, que a assessora especial do prefeito Maurino Magalhães, Ana Paula Guedes, é de Brejo Grande do Araguaia, onde já foi vereadora e muito provavelmente se candidatará à reeleição.
Com a palavra o Ministério Público, o Poder Judiciário, a polícia, o bispo, os escoteiros e quem mais tiver vergonha na cara.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Travessia

Por Paulo Fonteles Filho.

Atravessamos o Araguaia já em noite alta e as estrelas prometem mais calor, mais sol abrasador para amanhã, sol que retorce toda paisagem destes sertões.
Estamos tranqüilos.  Meu camará, Sezostrys, distribui músicas que vão alteando bandeiras pela janela da caminhoneta quando passamos pelas estradas margeando a imensa serra. Vemos as escarpadas, gigantes pedras imemoriais, igarapés surgem lá, no bastião das “Montanhas do Pará”, segundo ensina os versos do poeta guerrilheiro, Rosalindo Souza.
Há dias que o congresso brasileiro aprovou a Comissão Nacional da Verdade e vários artigos já passaram pelas minhas retinas, uma tentativa de desesperada carta para minha mãe grávida e torturada, as lembranças dos meus muitos meninos quando, infante, o caudaloso rio dos karajás anunciava a chegança de meu pai naquela distante Conceição do Araguaia no final dos anos 70.
Fora ali que escutei as primeiras histórias da guerrilha.
Em vários dias seguimos em longas discussões e discussões são como estradas: têm retas, curvas, ora sinalizamos, ora pisamos no breque, mas sempre pedimos mais velocidade, ao lado dos irmãos da igualdade que ao longo destes mais de trinta anos nunca se dobraram diante das imensas dificuldades de revelar ao país os brutais acontecimentos engendrados naquelas noites soturnas de 1964.
 Vamos com nossas espadas da esperança fazendo novas guerrilhas – agora, nesta quadra histórica publicizamos os ardis e as mortalhas que silenciaram toda uma geração de jovens brasileiros e latino-americanos. É para outros jovens, os do presente e do futuro que certas histórias, por mais duras que sejam, devem ser contadas. Sempre.
Precisamos desvendar como exemplo, a participação de grandes empresas no apoio à repressão política naqueles duros anos de violação máxima aos direitos humanos.
Nas pesquisas sobre a insurgência araguaiana temos claro que a Camargo Corrêa e a Mendes Júnior sustentaram materialmente todo o processo repressivo ao movimento armado dos comunistas.
É impressionante saber que, durante a construção da Transamazônica, os galpões destas empresas, como de outras, se transformaram em centros de tortura e carceragem. Muita gente perdeu a vida naquelas terríveis condições.
Outro aspecto é a contabilização das vítimas.
A surra institucionalizada foi geral, inclusive contra fazendeiros e comerciantes bem-sucedidos da região. Não precisamos nem falar dos guerrilheiros e camponeses, principais alvos dos generais da época.
Muita gente desapareceu naquele período, gente que jamais voltou para casa. A contabilização oficial não corresponde aos acontecimentos havidos nestes sertões pouco conhecidos do país.
Mais recentemente soube de uma fuzilaria onde hoje é Xinguara, bem ao sul do Pará. As informações dizem respeito em mais de duas dezenas de camponeses mortos em 1974.
No inicio deste ano de 2011 fomos informados por ex-soldados de que, em São João do Araguaia, houve semelhante fuzilaria com mais de vinte mortos, neste mesmo ano sombrio da década de 1970.
Acontece que apesar de todos os esforços empreendidos ao longo de muitos anos estamos apenas tateando e a verdade ainda é um breve facho de luz no fim deste imenso túnel que é o tempo. Mas a aprovação da Comissão da Verdade já é um enorme passo para que possamos, enfim, descortinar um passado que ainda é presente na história brasileira.
Tal esforço é para o futuro e serve como lâmina mais que afiada para a nossa sempre perene construção democrática.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"Anjinho"

Já faz tempo que a Imprensa vem denunciando problemas em muitos dos partos ocorridos no Hospital Materno Infantil (HMI), em Marabá. Só que é muito difícil para a Imprensa lidar com questões que podem conter o temido “erro médico”. Mas o certo é que os casos de lesões de bebês estão cada vez mais recorrentes no HMI.
Agora, uma criança morreu três dias depois de ter nascido. O pior é que, nesse intervalo, a pobre da mãe perambulou pelos postos de saúde – a mando de gente do próprio hospital - em busca de socorro e não conseguiu.
E agora o que pode ser feito para remediar a dor irremediável dessa mãe?
Que medidas podem ser adotadas?
Quantos Termos de Ajustamento de Conduta precisam ser assinados?
Com a palavra o Ministério Público, a Secretaria Municipal de Saúde, o Poder Judiciário, os viajantes da Europa, enfim, todos que puderem de alguma forma impedir essa verdadeira tragédia que se registra vez em quando na nossa principal maternidade.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

GobNóquio

Hoje de manhã, logo cedo, liguei o rádio e ouvi o prefeito dizendo que na gestão dele o pagamento dos servidores não passa do dia 30 de cada mês.
Mas, para quem não lembra, 10 dias atrás, os servidores da Saúde estavam ameaçando fazer greve exatamente por causa do atraso no pagamento dos salários.
Até quando o prefeito vai continuar achando que somos todos uns idiotas?
Depois querem que a gente não compare o Maurino com o Pinóquio ou com o Goebbels.
Sai daí!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Advogado do Diabo

Peço aos meus leitores que não me queiram mal. Não estou aqui para defender criminosos. Jamais faria isso, sobretudo em caso de gente que tira a vida de seu semelhante para lhe roubar o que tem. Mas este caso de Jacundá é emblemático.
Também não tenho o menor interesse de bater de frente com os homens que defendem nossa segurança. Mas este caso de Jacundá é realmente emblemático.
Afinal, todos nós aqui sabíamos que, a partir do momento em que os assaltantes da Estrada do Lago mataram um policial, o destino deles já estava selado.
Todos nós sabemos muito bem, em Marabá e região, qual é o destino dos assassinos de policiais.
Aí, eu me pergunto: não seria isso uma pena de morte sem direito a julgamento?
Ou alguém aqui é inocente o bastante para acreditar que cinco homens, por mais bem armados que estivessem, teriam coragem mesmo de enfrentar 50 policiais.
Fica aqui um alerta à sociedade: os criminosos devem ser presos e responder por seus crimes, de acordo com as leis do País, independentemente de terem matado um coronel ou um mendigo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

... De novo

Depois que nós da Imprensa expusemos toda a mentirada do prefeito Maurino Magalhães em relação à misteriosa viagem à Alemanha, o gestor admitiu ontem na Câmara Municipal de Marabá que, na verdade, na verdade, ele vai só participar de um seminário naquele País e não vai receber prêmio coisíssima nenhuma. Disse também que vai bancar os custos da viagem com dinheiro do próprio bolso (tá bom).
Este seminário, segundo pesquisei, terá realmente a presença de prefeitos de grandes cidades do mundo, mas também de cidades pequenas em desenvolvimento no Brasil, como Itororó (CE), Lajedo (PE), Caucaia (CE), entre outras.
Além disso, apesar de a Assessoria de Comunicação da Prefeitura afirmar que Maurino vai ter oportunidade de falar durante 20 minutos e terá ainda mais 40 minutos para tirar dúvidas, não tem nada disso na programação oficial do evento (confira no site www.urbantec.de).
Sabe o que aconteceu? O Maurino pensou que aqui em Marabá todo mundo era otário pra acreditar nessa historinha de prêmio.
Um recadinho ao prefeito: apesar de Marabá ter um prefeito assim, que inventa uma lorota atrás da outra, ainda tem gente com um pouquinho de esclarecimento e zelo pelo dinheiro do povo. Um abraço e boa viagem.

Maurino mentiu... de novo

No dia 25 de agosto, dentro do Fórum de Marabá, o prefeito Maurino Magalhães disse que sua viagem à Europa seria bancada pelo Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores).
Ele declarou isso para mim (Chagas Filho), para o professor Ribamar Ribeiro Júnior e para os jornalistas Ademir Braz, Laércio Ribeiro e Pedro Gomes Neto.
Pois bem, é mentira.
Os vereadores de Marabá se apressaram em aprovar a ida de Maurino à Alemanha (com exceção de Vanda Américo e Edivaldo Santos), sem ao menos questionar quem está pagando essa despesa.
Os vereadores que aprovaram a viagem de Maurino a Alemanha, onde supostamente vai receber um prêmio por estar entre os 300 melhores prefeitos do mundo, deveriam ter vergonha do que fizeram.

Segue abaixo publicação feita pelo blog O Resto do Iceberg, que comprova mais uma mentira de Maurino.

ITAMARATY NÃO VAI PAGAR AS CONTAS
DA VIAGEM DE MAURINO AO EXTERIOR
Ao contrário do que foi divulgado anteriormente pela assessoria de comunicação da prefeitura, não será o Itamaraty quem irá custear as despesas da viagem que o prefeito Maurino Magalhães fará para a Alemanha, onde - segundo ele - receberá prêmio por feitos de sua gestão.

Para que não pairassem dúvidas sobre o assunto, entrei em contato no dia de ontem (17) com o Ministério das Relações Exteriores e obtive a seguinte resposta que publico abaixo:

Do Ministério das Relações Exteriores em 18/10/2011

Ao Ilustríssimo Senhor
Pedro Gomes

Prezado Senhor,

Em resposta a sua mensagem de 17 de outubro de 2011,
informo que, até o momento, esta Assessoria não
recebeu informação ou solicitação referente à missão
do Prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima, à
Alemanha.

2.  Acrescento, ademais, que é vedada a este
Ministério arcar com os custos de passagem e
acomodação de prefeitos brasileiros no exterior.

Atenciosamente,

Sérgio França Danese
Embaixador
Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Federativos e
Parlamentares

terça-feira, 18 de outubro de 2011

MPF denuncia grupo por fraude no seguro-defeso em Itupiranga

Um grupo que inscrevia falsos pescadores no cadastro que dá direito ao seguro-defeso foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF). Os sete acusados por estelionato agiam na colônia de pescadores Z-44, em Itupiranga, no sudeste paraense.
Caso condenados, podem receber penas que vão de sanções restritivas de direitos, em alguns casos, a até seis anos e oito meses de reclusão, além de multa.
Na ação penal, o procurador da República Tiago Modesto Rabelo relata que investigações feitas pela Polícia Federal comprovaram que o presidente e o tesoureiro da colônia Z-44 efetuavam os falsos registros e encaminhavam os requerimento ao Ministério do Trabalho e Emprego para fraudar o seguro-defeso, benefício de um salário mínimo mensal criado para auxiliar o sustento das famílias de pescadores durante o período de proibição da atividade pesqueira.
Além de registrar não pescadores, os fraudadores emitiam recibos falsos com informações sobre o quantitativo anual de pescado. Ao conseguir o benefício, a dupla ficava, em alguns casos, com até 50% dos recursos arrecadados em nome dos beneficiários ilegais.
O presidente e o tesoureiro da colônia chegavam a cobrar uma “taxa” para o recebimento do benefício até mesmo de quem tinha direito ao seguro-defeso.
Pelo mesmo tipo de fraude, em 2010 e em maio e julho deste ano, o MPF em Marabá já havia denunciado à Justiça outros grupos que atuavam nas colônias de pescadores Z-45, em São João do Araguaia, Z-43, em Jacundá, e Z-58, em Nova Ipixuna. (Ascom/MPF)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Brasil Online: 2+2=4

A Brasil Online (que recebeu R$ 13 milhões para montar laboratórios de informática em Marabá) é acusada de envolvimento em fraudes na prefeitura de Tucuruí.
Agora, preste atenção: quem é o sócio majoritário da Brasil Online? Welney Lopes Carvalho, ex-supersecretário municipal do governo de Bel Mesquita, em Parauapebas.
Para quem não sabe, Welney é um dos maiores financiadores de campanhas eleitorais na região.
Agora, preste atenção de novo: o Welney - embora more em Goiânia (GO) atualmente – tem bases eleitorais onde? Parauapebas.
E de onde é o tal grupo de empresários que investiram na campanha de Maurino e estavam cobrando retorno? Parauapebas.
É isso...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Prefeitura já pagou R$ 13 milhões para a Brasil On Line


Todos os meses, a empresa Brasil Online recebe, da Prefeitura de Marabá, uma média de 600 mil, para montagem de laboratórios de informática nas escolas municipais.
O contrato começou em 2010, e a empresa já faturou cerca de R$ 13 milhões. Os números estão no portal Transparência Pública, que pode ser acessado pelo site da prefeitura.
O problema todo é que a Brasil Online teria de montar 56 laboratórios, mas montou apenas 36. Ainda faltam 20 laboratórios, que nunca saíram do papel, apesar de todo recurso repassado pela prefeitura.
Os laboratórios são compostos por 20 computadores, uma bancada, uma impressora, duas mesas, mais o programa “Cultivar Educação”, que é o software a ser usado pelos estudantes.
Dividindo os 56 laboratórios pelos R$ 13 milhões que a empresa já recebeu, cada laboratório sairia pelo valor de R$ 232 mil.
Acontece que numa consulta rápida feita em Marabá mesmo, um laboratório desse tipo não chega a R$ 100 mil, ainda que seja usado um computador de alta configuração, o que geralmente não é o caso.
Ou seja: mesmo que a empresa tivesse montado os 56 laboratórios completinhos – o que ainda não aconteceu –, cada um sairia por mais do dobro do valor de mercado.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Maurino na terra de Hitler

O premiado prefeito Maurino Magalhães está de viagem quase marcada para a Alemanha.
Enquanto ele arruma as malas, com os cachecóis, as camisas de manga comprida e o gorro, em Marabá, a temperatura está fervendo.
Os servidores da Saúde estão com salários constantemente atrasados;
Os plantões da saúde também não são pagos em dia;
Os pacientes que precisam de remédio controlado estão a ver navios;
E os consultórios dentários estão devidamente fechados por falta de material.
O mais bacana de tudo é que Maurino vai receber um prêmio por conta do aterro sanitário de Marabá, que seria exemplo para outros municípios do País.
Só uma coisinha: o aterro é um projeto da Vale. A única participação da prefeitura até agora foi deixar de cuidar do aterro, que abriga centenas de urubus, emite muito chorume e recebe 100 mil litros de dejetos de fossas sanitárias por dia.
Para Maurino fazer as malas e zarpar ao Velho Continente, falta só uma coisinha: a autorização da Câmara Municipal...
Então não falta nada.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

“O avesso do avesso”

Já faz pelo menos um mês que os bancários estão em greve. Em Marabá apenas o Banpará tem suas atividades normalizadas. No mais, as portas estão fechadas na cara dos clientes.
Os bancários, que sempre foram sinônimo de sucesso profissional e de qualidade de vida, agora são exemplo vivo de que o sistema é cruel com todos os trabalhadores.
O achatamento dos salários é comum a todos. As empresas atuam como se não existisse excedente de produção.
E, como disse certa vez o grande escritor uruguaio Eduardo Galeano, “os seres humanos passaram a ser recursos humanos”.
Os balanços trimestrais dos bancos mostram lucros que parecem muito distantes da realidade dos que têm a sorte de ganhar um pouco mais de mil reais por mês.
No centro de toda essa crise está o usuário do sistema bancário (todos nós).
E nos chateamos com os trabalhadores em greve e os culpamos pelos juros altos, pelas horas de espera na fila, pelo mau atendimento, pelo assalto na saída da agência...
O sistema lança os irmãos na arena e os empurra numa luta sem sentido e começamos a viver num mundo que passa longe de ser o verdadeiro.
E poucos parecerem perceber o tamanho dessa enrascada.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

País tropical abençoado

“Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza!”
A poesia de Jorge Ben Jor resiste há décadas aos modismos passageiros que pipocam na nossa música popular.
Só que eu não concordo.
Tudo bem. As belezas naturais do nosso País são incontestáveis, mas e o resto?
Como é a vida das pessoas que vivem no mundo real, longe “da simpatia, do poder, do algo mais e da alegria”?
Como é a vida dos que não têm uma guitarra ou um violão?
Na verdade, o problema aqui é sério, principalmente quando o assunto é violência.
Anote aí, em números absolutos, o Brasil é o país mais violento da América do Sul. Alguém vai dizer: ah, mas o Brasil é o maior País da região.
Então, anote outro dado: somente em 2009 o país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza registrou o assassinato de 43.909 pessoas. Essa quantidade representa quase 10% das mortes violentas ocorridas no ano de 2010 em todo o mundo.
A minha sorte é que eu sou Flamengo e “lá em casa todos meus amigos, meus camaradinhas me respeitam”.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Isso é que eu chamo de chutar o balde!


Lúcifer tem os seus. Dane-se a moralidade

Se Deus, moroso e arcaico, escreve por linhas tortas seus insondáveis propósitos, Lúcifer, rápido e rasteiro, sorridente e ecológico, mostra o pau sem precisar matar a cobra.
Querem ver?
Montado num leão olímpico, o Maurino já voltou.Com seu cada vez mais imenso rabo de palha.
Danem-se agora a verdade, a vergonha, a moralidade, as verbas públicas, o desejo de Justiça da população.
Puta que pariu!
(Extraído do Quaradouro)

Maurino retorna ao cargo

Conforme previsto no final desta manhã por este jornalista, o prefeito Maurino Magalhães buscou outro remédio legal para voltar ao cargo... E conseguiu.
Por meio de um mandado de segurança, assinado pelo mesmo desembargador Rubens Leão, Maurino está de volta.
É isso... Uma pena.

Maurino está cassado, sim! (nadando de braçadas)

Desde segunda-feira, o prefeito cassado Maurino Magalhães e seu advogado Fábio Sabino têm contaminado os órgãos de comunicação de Marabá com mentiras deslavadas, tentando plantar a semente do descrédito na sentença da juíza Cláudia Favacho Moura, que afastou Maurino e o vice Nagilson Amoury por crime eleitoral (Caixa 2).
Tanto Maurino quanto Fábio Sabino declararam aos quatro ventos que Maurino era prefeito, sim! As gravações estão aí. Tudo isso fizeram abalizados por uma liminar que, ao dar entrada na comarca de Marabá, já tinha perdido seu objeto (e o advogado sabia muito bem disso).
Pois bem, no final da tarde de ontem (4), a juíza notificou o presidente da Câmara Municipal, Nagib Mutran Neto, a assumir a prefeitura pelo prazo inicial de cinco dias, tempo que o deputado João Salame, segundo colocado na eleição anterior, terá para decidir se assume ou não a prefeitura.
A pergunta que fica neste momento é: Como podem mentir de cara limpa, desrespeitando o Judiciário, a Imprensa e principalmente o povo?
E tem gente por aí que ainda ficou contando vantagem na NET, acreditando que navegava de braçadas. Ledo engano.
Fala sério!

Cabe a Maurino procurar outro remédio jurídico para voltar ao cargo e, se eu conheço o judiciário brasileiro, é muito provável que ele consiga. A pergunta é: Quando?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Maurino continua cassado: Liminar não tem efeito e sentença da juíza Claudia continua valendo

A liminar assinada pelo juiz José Rubens Barreiros de Leão, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) não tem efeito, pois só chegou à Comarca de Marabá às 11h30 da manhã. Ou seja, uma hora e meia depois de a sentença ter sido prolatada.
A liminar assinada pelo juiz Rubens Leão não teve efeito, pois só deu entrada oficialmente na Comarca de Marabá às 11h30 da manhã, ou seja uma hora e meia depois de a sentença ter sido prolatada, embora o documento do TRE estivesse datado do dia 30 de setembro.
A liminar só teria sido validada se tivesse chegado antes da promulgação da sentença, porque no documento o juiz do TRE pede a suspensão do processo. Desse modo, a liminar perdeu o objetivo e Maurino terá de recorrer a outro remédio legal para tentar reassumir o cargo.
Uma fonte segura do Poder Judiciário local repassou essa informação.
Gente! eu juro que a culpa não é minha. É que toda hora surge um fato novo.

Maurino de volta: Alegria de pobre dura pouco

Fica rico, fica pobre, fica rico, fica pobre...
Eu nunca tinha visto um negocio ligeiro desses. Antes mesmo de a juíza Claudia Regina Moreira Favacho Moura publicar a sentença de cassação do prefeito Maurino Magalhães, o elemento já tinha conseguido uma liminar, assinada pelo nobre desembargador Rubens Leão, mantendo-o, "por ora", no cargo.
E ainda tem gente por aí que se atreve a dizer que a Justiça tarde.
Para com isso!!!

Justiça: Maurino é cassado por cometer crime de Caixa 2

O prefeito de Marabá, Maurino Magalhães, e seu vice Nagilson Amoury, acabam de ser cassados pela juíza eleitoral Claudia Regina Moreira Favacho Moura, por terem praticado crime de Caixa 2 na campanha eleitoral de 2008.
A juíza dará prazo de 24 horas para o segundo colocado na eleição passada, deputado João Salame, se pronunciar se tem interesse de assumir o cargo. Caso ele não assuma, o processo volta para a juíza e provavelmente o presidente da Câmara Municipal, vereador Nagib Mutran Neto.
Fontes ligadas a João Salame dizem que ele dificilmente assumirá o cargo.
Daqui a pouco dos detalhes da sentença da Dra. Claudia.

domingo, 2 de outubro de 2011

Farpas no meio ambiente

Durante a IV Conferência Municipal de Meio Ambiente, ocorrida na sexta e sábado, o secretário municipal de Meio Ambiente, José Scherer, criticou duramente os vereadores que não compareceram ao evento, embora tenham sido convidados.
Scherer observou que a conferência é um momento importante para construir a política ambiental do município, de modo que a Câmara Municipal teria obrigação de estar presente aos debates.
É, mas a vereadora Antônia Carvalho, a Toinha do PT, estava lá e pegou o microfone. Imagine: ela detonou com a prefeitura, que promove eventos anuais direcionados ao meio ambiente, mas vem promovendo atrocidades no setor, como é o caso do Rio Vermelho, que está sendo cortado ao meio sem dó nem piedade.
Eu colocaria na conta da prefeitura também a contaminação do Rio Itacaiúnas por conta dos caminhões limpa fossas que estão despejando tudo no aterro sanitário e, por infiltração, todos os dejetos acabam indo parar no Rio Itacaiúnas.
É isso!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As revoltas pelo mundo

Do Oriente Médio a Marabá, o mundo se parece com a superfície solar, com milhares de explosões pipocando num ambiente inabitável.
Grevistas tomam as ruas com seus megafones e suas mágoas despejadas nos ouvidos egoístas de quem não quer ouvir (“Eles estão surdos e certos”).
Mais adiante, ninguém passa na rodovia porque a cortina de fumaça preta que emana dos pneus queimados e da indignação de toda uma gente não deixa.
Será que o mundo foi sempre um lugar tão ruim de se viver ou ficou pior de umas décadas para cá?
O que move bancários, professores, pessoas do povo a sair da rotina, encarar o sistema e dizer “não”?
As revoltas, os protestos (é bem verdade) nos causam raiva passageira porque ficamos presos no trânsito, impedidos de estudar e de pagar as nossas contas.
Mas às vezes, seres humanos como nós chegam numa encruzilhada, onde os únicos caminhos possíveis são indignar-se ou resignar-se. Esse é o “X” da questão.
E aquele que se resigna para tudo está condenado a passar pela vida sem viver.
Por isso, viva os protestos!
Viva a coragem do povo!
Viva as manifestações!
Ainda que elas nos metam em engarrafamentos ensolarados e azedos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Folha 33: Moradores protestam na obra de duplicação

Na manhã de hoje aconteceu protesto de moradores da Folha 33, em frente à entrada principal do bairro. A comunidade reivindica a colocação de um viaduto e uma passarela na área, dentro do projeto de duplicação da Rodovia Transamazônica.
Os manifestantes não interditaram a rodovia, mas chegaram a impedir que as máquinas das empresas que tocam o projeto continuassem trabalhando.
O clima ficou tenso por alguns instantes e uma comissão foi formada para discutir a reivindicação da comunidade com o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – e com a prefeitura.
Vamos ver no que vai dar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dejetos no rio!

O comerciante Pedro Lopes de Brito, um dos mais tradicionais de Marabá, não gostou nada das críticas que recebeu de gente ligada à Universidade Federal do Pará sobre as casas flutuantes do Rio Tocantins.
Ele quer ter o direito de continuar soltando dejetos no Rio Tocantins, sem ser incomodado pelos órgãos ambientais.
Para quem não sabe, Pedrinho chegou a rasgar uma notificação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente na presença dos fiscais.

Caixa 2: Justiça decide futuro de Maurino esta semana

Na tarde da última sexta-feira (23), a promotora Aline Tavares, do Ministério Público, deu parecer favorável à cassação do prefeito Maurino Magalhães, no processo que investiga possível crime de Caixa 2, que teria sido cometido por Maurino na campanha eleitoral de 2008, que o elegeu.
Ainda na sexta-feira, o processo foi reencaminhado ao Poder Judiciário e neste momento repousa na mesa da juíza eleitoral Cláudia Regina Moreira Favacho Moura, que deve sentenciar ainda esta semana.
Durante toda a manhã de hoje, a expectativa foi muito grande no meio político local e também entre os servidores do Poder Judiciário local quanto à possibilidade de a juíza sentenciar o caso, mas isso não aconteceu.
No final desta manhã, a juíza revelou a uma fonte que iria analisar o processo com toda a prudência que o caso requer e, por isso, não fixou nenhuma data para divulgação da sentença. A magistrada pode ou não acompanhar o parecer do Ministério Público.
A investigação contra Maurino e seu vice, Nagilson Amoury, aponta que mais de R$ 800 mil foram doados irregularmente por empresários de Parauapebas para serem usados na campanha eleitoral de 2008.
Por causa do mesmo processo, Maurino e Nagilson chegaram a ser cassados dia 25 de janeiro deste ano pelo juiz da 23ª Zona Eleitoral de Marabá, Cristiano Magalhães.
Prefeito e vice recorreram ao TRE/PA e no dia 1º de fevereiro o jurista Rubem Leão cassou a liminar do juiz eleitoral, reintegrando ambos aos cargos.

Caixa 2: Maurino pode ser cassado a qualquer momento

A qualquer momento o prefeito Maurino Magalhães deve dar adeus ao cargo (ainda que momentaneamente).
É que o Ministério Público deu parecer favorável à cassação do prefeito no processo que investiga possível crime de Caixa 2, que teria sido praticado por Maurino na campanha eleitoral que o elegeu em 2008.
A sentença está na mesa da juíza eleitoral Cláudia Regina Favacho Moura, que está à frente do processo. A qualquer momento a decisão será anunciada.
O parecer do Ministério Público, favorável à cassação de Maurino, foi dado ainda na tarde de sexta-feira (23).

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Polícia Federal investiga participação da Vale em grilagem de terras públicas

A Polícia Federal (PF) investiga a participação da mineradora Vale em uma suposta fraude para a aquisição de terras públicas pertencentes ao Estado de Minas Gerais. A área, localizada na região Norte, tem um potencial estimado em 10 bilhões de toneladas de minério de ferro.
Na terça-feira (20), o Ministério Público Estadual e a PF desarticularam um esquema de grilagem chefiado pelo secretário extraordinário de Regularização Fundiária, Manoel Costa. As investigações demonstraram que a Vale teria repassado pelo menos R$ 40 milhões a pessoas ligadas a quadrilha.
A operação policial resultou na prisão de oito pessoas, além de 20 mandados de busca e apreensão. Funcionários do Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais registravam terras públicas em nome de laranjas e depois as revendiam a preços milionários.
Em muitos casos, eram forjados documentos para facilitar a desapropriação de agricultores e posseiros.  A expulsão dos produtores rurais contava com a participação de policiais civis. Documentos comprovam que a Vale adquiriu uma propriedade, que pertencia ao Estado, localizada entre os municípios de Salinas e Grão Mogol.
Estimativas da PF indicam que os danos aos cofres públicos somam mais de R$ 200 milhões. A empresa Floresta Empreendimentos também se beneficiou das irregularidades. (Fonte: Rádio Agência NP)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Caso extrativistas: CPT diz que crime não está desvendado


A prisão dos elementos José Rodrigues e Lindon Jhonson Silva, acusados de matar o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna, ainda não representa o desfecho do caso, que teve percussão nacional. No entendimento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), mais gente envolvida ainda precisa ser presa, julgada e condenada.
O advogado José Batista Gonçalves Afonso, coordenador da CPT em Marabá, explica que o inquérito feito pela Polícia Civil apontou a participação de três acusados: os dois que já estão presos e um terceiro elemento, ainda foragido. Mas isso não é tudo.
Ainda segundo Batista, as investigações feitas pela Polícia Federal identificaram, além desses três acusados, mais duas outras pessoas que também participaram da decisão de matar o casal.
Desse modo, o que a CPT espera agora é que o Ministério Público inclua os nomes desses outros dois acusados como réus no processo. “Precisamos conversar com o Ministério Público para que seja feito um aditamento na denúncia”, explica Batista, acrescentando que a decisão de matar José Cláudio e Maria do Espírito Santo partiu da cabeça de muitas pessoas.
O próximo passo que a CPT entende que precisa ser tomado é levar todos os acusados a júri popular o mais rápido possível, para evitar que aconteça o que já ocorreu com outros casos de execução de trabalhadores rurais, em que os acusados passaram até 20 anos para serem julgados.
O casal de extrativistas foi assassinado em 24 de maio no PA Agroextrativista Praialta Pioneira, onde as vítimas fiscalizavam a exploração ilegal de madeira na área.
O casal fazia as vezes da polícia e do Ibama, por isso despertou a ira de madeireiros que até hoje continuam atuando de forma ilegal na região.
José Claudio e Maria do Espírito Santo chegaram a pedir proteção policial, mas isso nunca aconteceu. Resultado: acabaram mortos, como eles mesmos previam que iria ocorrer.