quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vale recebe Licença Prévia da mina S11D


A Vale recebeu a licença prévia do Ibama para a construção do projeto de minério de Ferro Carajás S11D, o maior projeto de sua história. A licença faz parte da primeira fase de licenciamento e comprova a viabilidade ambiental do empreendimento.
Localizado no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, o S11D vai receber investimento de mais de US$ 8 bilhões para o desenvolvimento de mina e usina e mais de US$ 11 bilhões para a infraestrutura logística.
O projeto foi desenvolvido com soluções tecnológicas para a preservação do meio ambiente. O empreendimento vai ter uma economia de 93% no consumo de água e 77% no uso de combustível.
O início das operações está previsto para o segundo semestre de 2016.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Recuperando

Na noite de sexta-feira, fui submetido a uma cirurgia para redução de miopia.
Não consigo enxergar direito, mas no fds me recupero.
Até lá.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Fazenda Cedro: Sem-terra tomam conta da sede. Polícia é acionada


Ao contrário do que se poderia imaginar, o clima continua tenso na Fazenda Cedro. Depois de todo o tumulto de ontem e da saída dos policiais do local, levando consigo os agentes que fazem a segurança da fazenda, os integrantes do MST ocuparam de vez a sede da propriedade.
 Como se sabe, ontem ocorreu conflito entre membros do MST e os seguranças, que teve como saldo 16 camponeses baleados.
 Autoridades do setor, vindas de Belém e de Brasília, iniciaram reunião na manhã de hoje para tentar chegar a um acordo sobre a propriedade, mas, enquanto isso, a tensão continua na Fazenda Cedro.
 Policiais do Grupo Tático Operacional, da Polícia Militar, e também da Delegacia de Conflitos Agrários, da Polícia Civil, já se deslocaram para a fazenda a fim de verificar o que realmente está ocorrendo.
 A Assessoria de Comunicação do Grupo Agro Santa Bárbara, que é dona da fazenda, informou à Imprensa que os integrantes do MST ocuparam a sede da propriedade e estão saqueando as casas dos funcionários e quebrando o que veem pela frente.
 O local está sem proteção policial. Assim, funcionários e patrimônio ficam à mercê dos invasores. É o que denuncia a Agro Santa Bárbara.
 Para a empresa agropecuária, que é dona de meio milhão de hectares nesta região, o ato praticado hoje pelo MST joga por terra a versão contada ontem por eles mesmos de que protestavam pacificamente em frente à propriedade.
 Embora tenham sido procurados, nem MST e nem CPT se pronunciaram sobre este assunto.
 No dia de ontem as entidades emitiram uma nota afirmando que dentro da Fazenda Cedro existe uma área de 826 hectares, que pertence á União, mas que era usada pela Agro Santa Bárbara como se pertencesse à empresa.
 Essa área foi desapropriada e entregue ao Incra para o assentamento de famílias, como confirmou o próprio superintendente regional do Incra em Marabá, Edson Luiz Bonetti.

HMI: Gasometria está com problemas. Recém nascidos podem morrer


Ouvinte entrou em contato com a rádio clube para denunciar um problema sério no Hospital Materno Infantil, mais um.
Trata-se do aparelho de gasometria, que só funciona com um reagente, mas a prefeitura estaria devendo a empresa que fornece esse reagente para o aparelho funcionar.
Na semana passada funcionários da empresa foram até o hospital e bloquearam o aparelho, pois o equipamento estava funcionando com reagente que a prefeitura não havia pago.
Ainda de acordo com a mesma fonte, o bioquímico e coordenador da farmácia do HMI, Belchior Júnior, teve que interver e correr atrás dos funcionários da empresa para que eles desbloqueassem o aparelho, pois dele dependem as vidas de recém nascidos.
O aparelho de gasometria é muito importante. É utilizado para medir o pH e as pressões parciais de O2 e CO2 da amostra de sangue dos recém nascidos (em estado grave). Numa linguagem mais simples, a gasometria pode fornecer dados sobre a função respiratória dos recém nascidos.
Com base nessa leitura são feito os primeiros cuidados, dado encaminhamento para incubadora e os demais cuidados e monitoramento.

O maior invasor de terras no Pará é o grande fazendeiro



Desde 2010 existe decisão judicial que obriga a devolução à União de parte da Fazenda Cedro, em Marabá, onde ocorreu o conflito de ontem.
Em outubro daquele ano a Justiça Federal em Marabá determinou a reintegração de posse para o Incra de área de 826 hectares pertencente ao projeto de assentamento Cedrinho e ficava por dentro da cerca da fazenda como se pertence ao Grupo Santa Bárbara.
Esse caso da Fazenda Cedro é exemplar. O que ocorre em grande parte das fazendas da região é que o fazendeiro tem documentação apenas de parte da fazenda que ele diz ser dono, mas passa a cerca em toda a área.
Em suma, trata-se de um invasor também, pior que o MST, pois o movimento requer áreas para várias famílias, e quando entra em alguma propriedade com esse fim, o faz sob todos os riscos, inclusive o de ser preso, baleado ou morto.
Já o fazendeiro invade uma grande área (latifúndio) para ficar sob o controle de uma única pessoa (ele mesmo), e quando o faz recebe todo apoio, da sociedade, do Poder Judiciário e dos bancos que o financiam para derrubar a floresta e transformá-la em pasto.
O problema todo é que vivemos num mundo às avessas. Por isso que ninguém fala sobre isso.
“E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar”
(Renato Russo)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fazenda Cedro: MST faz exigências ao poder público


No final desta manhã, o MST enviou nota na qual faz uma série de exigências para que seja resolvido o problema da Fazenda Cedro, onde hoje pela manhã 16 sem-terra (inclusive uma criança de colo) foram feridos a bala porseguranças da propriedade rural.
Segundo o documento, o MST exige a liberação imediata das fazendas Espírito Santo, Castanhais, Porto Rico (todas pertencentes ao grupo Agro Santa Bárbara), para o assentamento das famílias dos movimentos sociais.
Exige também uma audiência urgente no Incra de Marabá, com a presença da Sema, do Iterpa, da Casa Civil para encaminhamento do assentamento e apuração dos crimes ocorridos na área.
Pede ainda a apuração imediata, por parte da polícia do Pará, dos crimes cometidos contra os trabalhadores nesta manhã.

Fazenda Cedro: Em nota, Santa Bárbara responsabiliza MST pelo conflito




Em nota a Imprensa, por meio de sua Assessoria, o grupo Agro Santa Bárbara contesta as informações do MST e apresenta as fotos acima para respaldar o que diz.
Segundo a nota, um grupo de mais de 300 integrantes do MST invadiu nesta manhã a Fazenda Cedro.
Com muita violência, o grupo, fortemente armado, destruiu parte da propriedade e causou pânico nos funcionários da fazenda.
Ainda segundo a assessoria, os sem-terra invadiram a sede da fazenda, pressionando os funcionários e destruindo o patrimônio.
“A Agro Santa Bárbara responsabiliza o MST pelo início do confronto e pelos danos pessoais e materiais provocados. Os fatos ocorrem devido à iniciativa única e exclusiva de um grupo do MST já acampado na Fazenda Cedro”, diz trecho da nota.
“A empresa acionou as autoridades competentes e vê, mais uma vez, o seu patrimônio ser destruído e seus funcionários e familiares serem expulsos de suas moradias numa afronta ao direito à propriedade”, continua.
Apesar de as fotos realmente mostrarem uma ação violenta do MST, em nenhum momento, a assessoria da Santa Bárbara cita o baleamento de invasores, inclusive uma criança de colo.

Fazenda Cedro: Seguranças atiram até em crianças de colo


Na manhã de hoje (21), um grupo de sem-terra que está acampado há anos numa área da Fazenda Cedro, em Eldorado do Carajás, resolveu fazer um protesto em frente à sede do imóvel. Resultado: foram recebidos a bala por agentes da empresa de segurança armada que protege a propriedade rural. Há informações de que crianças de colo estão entre os mais de 20 feridos.
Naturalmente, o clima é extremamente tenso na área, pois os sem-terra - mais de mil - interditaram a Rodovia BR-155. Não se sabe se há pessoas mortas.
Em nota, a Coordenação Nacional do MST informou que o ato de protesto era contra o desmatamento, uso intensivo de agrotóxico e grilagem da terra pública.
Os sem-terra acusam os seguranças da fazenda de agirem como pistoleiros, pois abriram fogo contra mulheres e crianças.
Alguns pacientes foram encaminhados para o Hospital de Eldorado, a 50 km do local, enquanto os casos mais graves buscaram atendimento no Hospital Municipal de Marabá.
Acabei de telefonar para o celular do jornalista Altair Albuquerque, assessor de Imprensa da Agro Santa Bárbara, que é dona da Fazenda Cedro e integra o Grupo Oportunity, do banqueiro Daniel Dantas, mas ele não respondeu ás chamadas telefônicas.
Continuo tentando.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Eu + 20


Já faz quase um século que os debates em torno da sustentabilidade começaram se intensificar nesse “Mundão de Meu Deus”.
De lá para cá, já foram criados protocolos, feitas reuniões internacionais, promulgadas sanções e deliberações e o que se vê é a terra gemendo de dores inconsoláveis, machucada de tumores que sopram uma fumaça cinza encortinando o céu de sujeira.
Enquanto isso, sobram conselhos e campanhas publicitárias dizendo o que devemos calçar, vestir; onde devemos aplicar nosso dinheiro que não temos; dizendo para não deixar papel no chão; separar o lixo de acordo com suas características e tal...
Eu sei que tudo isso é importante, mas é uma gota d’água no oceano comparado ao que realmente interessa.
Como sempre ocorre, existe uma tendência mundial, cuidadosamente articulada, para colocar a culpa em quem não tem.
Na hora da prática, o mundo fecha os olhos para os grandes poluidores, que contaminam a terra pela sua sede de dinheiro, enquanto eu fico separando meu lixo na porta de casa, esperando o carro passar...

MST ocupa sede da Alpa e faz protestos na cidade

Nas primeiras horas da manhã de hoje (20), integrantes do MST ocuparam a portaria do canteiro de obras da Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá.
O manifesto faz parte da chamada “Ação Global”, que está sendo realizada em várias partes do País.
Da sede da Alpa, os ativistas saíram em passeata até a Praça São Francisco, na Cidade Nova, onde se juntaram com servidores federais e estaduais que estão em greve.
De lá, eles saíram em marcha na direção da Marabá Pioneira, para grande concentração na Praça Duque de Caxias.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Racha Placa: Camponeses liberam mina da Vale

Após duas reuniões no dia desta segunda-feira (18), os moradores da localidade de Mozartinópolis, conhecida popularmente como Racha Placa, em Canaã dos Carajás, desocuparam a estrada que dá acesso à Mina S11D, maior mina de ferro da Mineradora Vale, no Pará. A ocupação começou por volta das 4h da madrugada da última quinta-feira (14).
Os manifestantes se diziam esquecidos pela Vale, que comprou a maioria das propriedades da vila para poder explorar a região. Mas, agora, com as reuniões envolvendo os reclamantes, a Vale e o Incra, nasceu O acordo.
Segundo o advogado José Batista Gonçalves Afonso, coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Marabá, ficou acordado que a Vale vai efetuar um salário mínimo para 50 famílias. O pagamento será retroativo de quatro meses e começa a ser feito nesta quarta-feira.
Também ficou acordado que será feita demarcação de lotes numa nova área para que as famílias sejam realocadas a partir de outubro. Da mesma forma ficou acertado que a Vale dará toda a infraestrutura do local, dentro de 18 meses.
Também será feito um estudo para tentar incluir mais 15 famílias nestes benefícios que serão repassados para essas primeiras 50.



Eleições 2012: Terceira via é uma realidade



A chamada Terceira Via, composta pelos partidos PPS, PV, PDT, PMDB, PMN e PT, lançou na noite de sexta-feira (15) a pré-candidatura do deputado estadual João Salame a prefeito de Marabá em evento concorrido na Câmara de Vereadores.
Presenças de diversas lideranças regionais, como João Cardoso, Sebastião Alves de Sousa, o Tião Branco, João Bosco Jadão, Ítalo Ipojucan, deputados federais: Asdrúbal Bentes (PMDB), Giovani Queiroz (PDT), Beto Faro, Zé Geraldo, Miriquinho Batista (PT), além do senador Jader Barbalho, o filho dele, Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua, deputada estadual Bernadete ten Caten (PT), Parsifal Pontes (PMDB) diversos vereadores, como Júlia Rosa (PDT), Antonia Carvalho (PT), Edvaldo Santos (PPS), Irisar Sampaio, entre outras lideranças.
(Foto: Edinaldo Sousa)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pecuária e indústria do ferro financiam o desmatamento e a escravidão


Estudo apresentado terça-feira (12), durante a Conferência Ethos Internacional, em São Paulo (SP), mostra que a produção de ferro-gusa e aço no Brasil tem em sua base problemas graves que precisam de soluções urgentes e mudanças drásticas.
Intitulado "Combate à devastação ambiental e ao trabalho escravo na produção do ferro e do aço", o estudo foi feito pelas organizações Repórter Brasil e Papel Social, a pedido de WWF-Brasil, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Rede Nossa São Paulo e Fundación Avina. O documento é resultado de mais de dois anos de pesquisas.
As pesquisas de campo foram realizadas em 12 cidades, entre elas Marabá, São Luís (MA) e Imperatriz (MA). Tais pesquisas permitiram não só traçar e demonstrar a ligação direta entre algumas das principais fabricantes de ferro e aço do país com a produção de carvão clandestino, como também detalhar mecanismos comumente utilizados para driblar a fiscalização.
Um exemplo é a lavagem de carvão, quando unidades produtoras ilegais regularizam o produto com documentos falsos ou apresentando a produção como se fosse de uma unidade regularizada.
O estudo também trata de reflorestamento de fachada, uso de terras públicas, contrabando de carvão do Paraguai e de como o desmatamento e a exploração do homem têm recebido apoio e investimentos públicos.
Foram identificados grupos que usaram carvão vegetal de fontes flagradas produzindo de forma ilegal. Entre eles, Sinobras, Sidepar, Cosipar, entre outros.
O estudo vai mais longe e diz que essas empresas, enquanto processavam esse carvão, estiveram conectadas comercialmente a grandes companhias como ArcelorMittal, Cosipa, Gerdau, Mahle, Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen.
Saiba mais em www.reporterbrasil.org.br

Vale envia nota sobre ocupação da estrada de acesso à S11D


Em nota, Vale afirma que mantém diálogo com comunidade. Confira a íntegra da nota:
“A Vale mantém diálogo permanente com as comunidades onde está inserida e busca sempre, por meio dele, resolver todas as questões pertinentes ao desenvolvimento local. Sobre sua relação com a comunidade de Mozartinópolis, a Vale esclarece que o processo de reassentamento das famílias está sendo desenvolvido em parceria com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). O alinhamento com os líderes de Mozartinópolis é constante e por meio deles as famílias conhecem o status das ações e possíveis mudanças de cronograma.”

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Moradores do Racha Placa interditam estrada de acesso à Mina S11D, da Vale

Cerca de 100 moradores da vila Racha Placa, também conhecida como Mozartinópolis, no município de Canaã dos Carajás, interditaram na manhã de hoje, a estrada de acesso às instalações do maior projeto de mineração da Vale, o S11D, que está sendo implantado a 70 km da cidade de Canaã.
De acordo com informações da empresa, o projeto iniciará sua operação com a exploração de 90 milhões de toneladas de ferro por ano.
O protesto é contra a situação de isolamento e abandono que a mineradora teria submetido os moradores da vila.
Em 2010, a Vale comprou todas as propriedades do entorno da daquela comunidade e exigiu que os donos das terras que foram vendidas destruíssem as casas que tinham na vila. Com isso, os comércios, um hotel, sorveteria e outros empreendimentos foram jogados ao chão.
Mas cerca de 60 famílias pobres que moravam na vila e não tinham terra e que garantiam seu sustento trabalhando nas propriedades vizinhas, ficaram sem trabalho e sem alternativa.
Os moradores denunciam que a estratégia da Vale era desestabilizar a comunidade e, dessa forma, as famílias concordassem em sair da área recebendo valores irrisórios.
Mas eles se negaram a sair e, num processo de organização apoiado pelo STR de Canaã, a CPT e o CEPASP, exigiram que a empresa adquirisse uma área e fizesse o reassentamento do grupo.
Exigiram ainda que a Vale pagasse o valor de um salário mínimo para cada família até que todos fossem devidamente assentados, considerando, ter sido a Vale, responsável pelo isolamento da vila.
Em dezembro de 2010 a Empresa concordou em atender as exigências da comunidade, iniciou o pagamento de um salário mínimo para cada família e adquiriu a terra para o reassentamento do grupo.

No entanto, passados um ano e meio, o acordo não foi cumprido e as famílias continuam no mesmo local em situação de abandono e pobreza.
Para piorar ainda mais a situação, há 4 meses, que a empresa não paga a ajuda de custo para as famílias.
Sem alternativa, as famílias decidiram, na manhã de hoje, interditar a estrada de acesso ao empreendimento da Vale para exigir o reassentamento das famílias até o mês de agosto.
Exigem também a retomada do pagamento da ajuda de custo para as famílias; a liberação do acesso às propriedades do entorno da vila para coleta de alimentos; e a retomada das negociações de outras questões pendentes que a Vale não estaria cumprindo.
O sociólogo Raimundo Gomes da cruz neto, do cepasp, que está no protesto, diz que a interdição foi motivada pela situação de abandono das famílias.
Segundo ele, no momento que a Vale se propuser a registrar um acordo com as famílias, o protesto se encerra.
Este jornalista entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Vale e aguarda resposta sobre o protesto.

Finalmente uma notícia boa: Dom José melhora

Desde que foi internado no Hospital Regional de Marabá, na terça-feira da semana passada, após sofrer um AVC e passar por cirurgia, é a primeira vez que o boletim médico do bispo emérito de Marabá, Dom José Foralosso, fala em melhora no quadro clínico.
O boletim enviado nesta quinta-feira (14) e assinado pelo médico Afrânio Basso diz que o bispo ainda se mantém inconsciente, mas já respira sem ajuda de aparelhos, recebendo apenas oxigênio contínuo.
Ainda de acordo com o boletim, Dom José apresenta leve melhora do estado clínico e o quadro neurológico sem alterações.
Ao final do boletim, o médico que diz que o quadro geral, apesar de estável, ainda requer cuidados intensivos e não existe previsão de alta da UTI.
O que dá mais esperança aos amigos de Dom José e às pessoas que oram por ele é que, pela primeira vez, o boletim médico não traz a expressão “estado grave”.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Os namorados e a bala

Sabe o que é viver vários anos com uma pessoa e num piscar de olhos perdê-la para sempre?
Fico me perguntando se existe alguma palavra que seja capaz de explicar o que se sente numa hora como essas.
Não há... Pelo menos para mim.
Pois foi o que aconteceu com um humilde casal de vendedores de queijo em Curionópolis, ontem, Dia dos Namorados.
Assaltantes armados tomaram todo o dinheirinho da venda e ainda mataram a mulher que trabalhava com o marido, só porque ela gritou por socorro.
Imerso em tristeza que não sei expressar, o viúvo fez a seguinte declaração à Imprensa: “Eu tirava o leite, mas quem fazia o queijo era ela”.
A simplicidade das palavras e a forma plangente com a qual foram expressadas encheram de dó o coração dos repórteres que pensavam ter saído de casa para cobrir mais um dia comum de acidentes e assaltos.
Não foi um dia comum, pelo menos não para aquele homem que perdeu sua companheira das madrugadas frias da roça, labutando pelo sustento dos quatro filhos.
Sequer tiveram tempo para se lembrar que ontem foi o Dia dos Namorados.
Sequer tiveram tempo para dar um último adeus.
Sequer tiveram tempo.
A bala rompeu a vida... dos dois.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Conta de energia pode aumentar ainda mais

Na quinta-feira (14) haverá audiência pública em Belém para discutir o valor do reajuste da tarifa de energia elétrica da Celpa, autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Durante o encontro a Aneel vai defender o reajuste de 6,7% no valor da tarifa. A medida deve atingir 1,8 milhão de unidades consumidoras em todos os 143 municípios paraenses.
A sessão presencial será realizada às 13h30 no Auditório Professor José Vicente Miranda Filho.
Na audiência, serão colhidas contribuições de consumidores e representantes de instituições públicas e privadas, de órgãos de defesa do consumidor, de associações de moradores e dos demais segmentos da sociedade para o processo de revisão da concessionária.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

PT confirma apoio a João Salame




Na tarde de quinta-feira (7), no auditório do Campus I da UFPA, aconteceu Plenária Eleitoral do Partido dos Trabalhadores, que aprovou apoio à pré-candidatura do deputado João Salame (PPS) à prefeitura de Marabá.
“Pela primeira vez nos 29 anos de história do PT de Marabá, aprovamos um resolução por unanimidade, sem nenhum voto contrário e nenhuma abstenção”, disse Luiz Bressan, presidente do partido.
Por outro lado, a deputada Bernadete ten Caten disse que na política é necessário se basear nos números e neste momento o nome de João Salame é o mais bem colocado. “O melhor nome para ser nosso candidato a prefeito é João Salame”, declarou a deputada.
Por sua vez, o deputado João Salame disse que se sente honrado em receber o apoio de um dos maiores partidos do País, que é o PT. “Isso significa que a nossa pré-candidatura tem musculatura. Um partido como o PT jamais apoiaria uma candidatura do PPS, se não tivesse chances reais, até porque o PPS, em nível nacional, é oposição ao governo do PT”, explicou o pré-candidato.
Ele afirmou que a luta agora é para agregar mais partidos em torno de um projeto político para Marabá. “Nosso objetivo é formar uma ampla frente que tenha por objetivo uma administração séria, competente e que dialogue com a sociedade e não tenha medo de conversar com o povo para poder definir prioridades e fazer uma renovação na política de Marabá, que é o que nós estamos precisando”, arrematou.
Durante a plenária, o nome de Luiz Carlos Pies foi indicado para ser o vice de Salame. A indicação é vista com bons olhos pelo deputado, mas ele pondera que isso ainda será debatido entre os partidos que compõem a frente.
Luiz Carlos, por sua vez, também destaca a unanimidade das cinco tendências do PT em apoiar Salame e diz que o interesse é fazer um bom governo com capacidade de gestão e principalmente com a participação popular, de forma democrática. “N[os identificamos esse perfil no João Salame”, declarou Luiz Carlos.
Ele lembrou que a participação do PT na administração municipal é importante até para dar continuidade à luta pela criação do Estado de Carajás, cuja coleta de assinaturas para Projeto de Lei de Iniciativa Popular continua a todo vapor.
A Plenária Eleitoral contou com a presença de mais de 200 filiados das quatro tendências: PT Pra Valer, Unidade na Luta, Democracia Socialista e AS.
Além dos petistas, participaram da reunião representantes do PDT, PMDB, PV e PMN.
O lançamento da frente, envolvendo o PPS, PT, PMDB, PDT e outros partidos, está agendado para o próximo dia 15, na Câmara Municipal com a presença de várias lideranças políticas de todo o Estado.

Movimentos sociais acusam Vale de degradação ambiental


No final da tarde de terça-feira (5), ativistas de movimentos sociais fizeram protesto em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5de junho) em Marabá. O local escolhido foi novamente a Ferrovia Carajás, na altura da Invasão da Coca-Cola, na Nova Marabá.
O manifesto também foi uma forma de protestar contra as atividades da Mineradora Vale, que completou 70 anos de operações no dia 1º deste mês, segundo informou o sociólogo Raimundo Gomes da Cruz Neto, o “Raimundinho”,do Centro de Educação, Pesquisa, Assessoria Sindical e Popular (Cepasp), um dos líderes do movimento.
“Para nós, não vale discutir meio ambiente, falando que não pode queimar lixo, não pode jogar papel no chão, enquanto a grande destruição está sendo feita pela Vale na região”, acusa Raimundinho, que também é engenheiro agrônomo.
O ativista foi mais longe e afirmou que a Vale já é destruidora da Floresta nacional de Carajás e da Floresta Nacional do Itapirapé,assim como seria responsável por poluir os rios Parauapebas, Salobo, Azul e Itacaiúnas.“Se nós discutirmos o Dia do Meio Ambiente nesta região sem falar da destruição causada pela Vale, não estamos falando coisa nenhuma”, arrematou.
Ainda de acordo com Raimundinho, o local escolhido pelo protesto se justifica porque lá, ao longo da ferrovia, está sendo criado um pântano, onde a água da Grota Criminosa fica represada porque não tem vazão suficiente.
Segundo ele, as famílias que tiveram suas casas inundadas pela água durante a forte chuva do dia 2 de novembro do ano passado nunca foram indenizadas pelos seus prejuízos. “O que a Vale está fazendo em nossa região é a degradação ambiental e o saque de nossas riquezas”, denunciou.
Integravam o movimento, além do Cepasp, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o MST, entre outras entidades.
 
Nota da Vale
Todas as atividades da Vale são guiadas por uma política de transparência, proteção ao meio ambiente, desenvolvimento dos seus  empregados e melhoria da qualidade de vida nas comunidades em que está inserida. A empresa emprega atualmente mais de 138 mil pessoas, entre profissionais próprios e terceirizados, dos quais quase 20 mil estão no Pará, além das cerca de 9 mil  vagas de trabalho em projetos em fase de implantação no Estado.
Os investimentos da empresa (inclui investimento e custeio) atingiram o volume  de US$ 7,2 bilhões no Estado em 2011. No último trimestre deste ano, já ultrapassaram a marca de US$ 1,5 bilhão.  Apenas na área socioambiental foram investidos US$ 27,8 milhões no Estado nos três primeiros meses de 2012.
As operações e Vale ajudam também no desenvolvimento local. Em compras no Pará, o patamar foi de mais de R$ 5,9 bilhões em 2011.
Na área ambiental nosso compromisso está presente no dia-a-dia. Em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Vale contribui com a gestão da Floresta Nacional de Carajás, (onde ocupamos uma área menor que 3%) e no desenvolvimento de pesquisa e, com isso, com a ampliação do conhecimento da biodiversidade na região. Essa parceria permite também a realização de vigilância do território que auxilia no monitoramento e combate a incêndios florestais.
Em Marabá, renovamos parcerias com instituições ambientais, entre elas com a Fundação Zoobotânica de Marabá (FZM) e com o Movimento Educacional de Preservação da Amazônia (Mepa), que atua no projeto de preservação de quelônios no Rio Tocantins.
Ainda na área ambiental, a Vale desenvolve um amplo programa de recuperação de áreas, que tem como objetivo a recomposição vegetal das áreas já mineradas. A empresa mantém ainda uma estruturada rede de monitoramento ambiental que avalia, sistematicamente, aspectos como a qualidade do ar, dos ruídos e vibrações e da água nos locais onde mantêm suas operações.
Sobre o forte temporal de novembro do ano passado, que atingiu diversos bairros de Marabá, ficou constatado que, naquele dia, choveu o volume previsto para um mês na cidade. Esta informação, consta, inclusive, do laudo técnico apresentado à Defesa Civil Municipal.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Indígenas ocupam Funasa de Marabá

Na manhã de hoje, dezenas de indígenas de três aldeias da região ocuparam o prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Marabá, na Folha 32, para protestar contra o descaso em relação à saúde indígena.
Eles denunciam que faltam medicamentos, profissionais médicos e também transporte para atender os casos mais graves. A reclamação vem sendo feita há meses e ninguém tomou providências.
As doenças mais comuns são gripes e diarreias, segundo informaram líderes do movimento.
Os manifestantes afirmam ainda que representantes de mais etnias devem engrossar o protesto dentro das próximas horas. Eles dizem que não têm data para sair de lá.
O blogger ainda não conseguiu falar com a Funasa sobre o assunto.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nova Pesquisa: Tião continua na frente, mas Salame encosta


No início do mês de abril, o Jornal Correio do Tocantins divulgou pesquisa de opinião pública sobre a eleição municipal em Marabá. Naquela ocasião, na pesquisa estimulada, o ex-prefeito Tião Miranda (PTB) estava bem à frente, tendo João Salame (PPS) em segundo. Agora – dois meses depois – nova pesquisa foi divulgada. A posição dos principais candidatos é a mesma. Mas a distância entre eles diminuiu consideravelmente.
Realizada pela Doxa Comunicação, de Belém, registrada no TSE, na última segunda-feira, 28, sob protocolo PA-00010/2012, a pesquisa foi contratada pelo blog “www.hiroshibogea.com.br”. A metodologia usada foi a quantitativa aleatória estratificada por quotas.
Foram ouvidas 632 pessoas nas zonas urbana e rural, diferentemente da pesquisa de abril, em que foram ouvidas 370 pessoas e na qual a zona rural ficou de fora.
Enquanto no mês de abril Tião Miranda aparecia na pesquisa estimulada (em que constam todos os candidatos) com 56%, João Salame vinha atrás com 18%. Dessa vez, os números são outros: Tião Miranda se mantém em primeiro na pesquisa estimulada, mas agora com 45,7%, enquanto Salame aparece com 29,1%.
Na pesquisa anterior, apareciam também o atual prefeito Maurino Magalhães, do PR (com 6%); Luiz Carlos Pies, do PT (5%); Ítalo Ipojucan, do PMDB (3%); e Jorge Bichara, do PV (2%).
Agora, esses candidatos figuram com os seguintes números: Maurino Magalhães (13,5%), Ítalo Ipojucan (2,5%), Luiz Carlos Pies (2,3%) e Jorge Bichara (1,2%).
Em se confirmando os dados da pesquisa, no atual quadro, o único candidato que pode tirar a prefeitura de Tião Miranda é realmente João Salame. Prova disso é que no cenário em que aparecem apenas os nomes de Maurino Magalhães, Tião Miranda e Manoel da Cosanpa (PSOL), Tião ganha disparado: 60,1% das intenções de voto.