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terça-feira, 26 de março de 2024

Chacinas no São Félix podem ter ligação, afirma polícia

Nesse momento a principal linha de investigação da Polícia Civil em relação às duas chacinas ocorridas este mês no Núcleo São Félix é de que os dois casos estão relacionados. A motivação seria a disputa pelo controle do território para o tráfico de drogas. A afirmação foi feita pelo delegado Vinícius Cardoso das Neves, superintendente regional de Polícia Civil.

Acompanhe a reportagem completa divulgada pela TV Correio e disponível no nosso canal:


Facções no São Félix  







Pará conquista reconhecimento nacional de Zona Livre de Aftosa sem vacinação

Todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) voltada para manter o rebanho paraense livre de doenças, com cobertura vacinal acima de 98%, foi reconhecido com o novo status sanitário conquistado pelo Pará, de Zona Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação, de acordo com a portaria nº 665/2024, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), publicada no último dia 21, um marco para a pecuária.

Este reconhecimento comprova que a Agência de Defesa possui em seu Serviço Veterinário Oficial, profissionais altamente qualificados garantindo a sanidade do rebanho paraense, com a prevenção e manutenção do status sanitário, propiciando os avanços conquistados.

O novo status sanitário é um marco para a pecuária paraense, resultado do trabalho que é desenvolvido pela ADEPARÁ há mais de 20 anos e empenho de toda a cadeia produtiva do Estado, garante Jamir Macedo, Diretor Geral da ADEPARÁ.

"É uma grande conquista alcançada pelo setor agropecuário do Estado do Pará. A Zona Livre de Aftosa Sem Vacina demonstra que o trabalho executado pela agência de defesa agropecuária do estado é extremamente eficaz, além disso os investimentos em reestruturação, capacitação técnica e desenvolvimento tecnológico amplificaram a atuação, aumentando, portanto a sensibilidade do serviço de defesa agropecuário no estado. Parabéns a todo time de servidores da ADEPARÁ, parabéns a todos os produtores rurais e parabéns a a população paraense".

A portaria entra em vigor a partir do dia 02 de maio, após a realização da última campanha de vacinação, que foi antecipada e acontecerá de 1º a 30 de abril, seguindo os protocolos do Plano Estadual para suspenção da vacina. O produtor precisa ficar atento ao novo calendário, pois não haverá prorrogação e ao prazo para declarar a vacina, que será até o dia 15 de maio.

"Até a portaria entrar em vigor, precisamos seguir os demais protocolos que é a última etapa de vacinação, de 1º a 30 de abril, declarações até o dia 15 de maio e a sorologia de estudos epidemiológicos, que já está acontecendo em algumas propriedades escolhidas. Tudo isso é um alcance de um sucesso de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Agência de Defesa por meio do Serviço Oficial Veterinário e também, do compromisso dos produtores que nos auxiliam e abraçam a causa, colaborando e se preocupando com a saúde do seu rebanho", ressalta George Santos, gerente do programa estadual de erradicação da febre aftosa. (Fonte: Agência Pará)

 

Violência obstétrica em Marabá será denunciada em nível internacional


A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) colheu relatos de familiares e vítimas sobre cerca de 15 casos de violência obstétrica e neonatal ocorridos no Hospital Materno Infantil (HMI), em Marabá, entre os anos de 2019 e 2024. A audiência pública foi conduzida pela vice-presidente da CDH, deputada Lívia Duarte (PSOL), proponente do evento, na tarde desta segunda-feira, 25, no auditório da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foi deliberado no encontro que os casos serão formalmente denunciados pela CDH ao governo federal, Ministério Público Federal (MPF) e à Organização das Nações Unidas (ONU).

A audiência contou com a presença da secretária de Articulação Institucional, do Ministério das Mulheres, Carmen Foro, e da Articulação Feminista de Marabá, que vem denunciando os casos. Cerca de 140 pessoas participaram do evento.

Não enviaram representante à audiência e nem justificaram ausência, apesar de terem sido convidados, a Prefeitura Municipal, que administra o HMI, as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde (Sespa), a direção do hospital e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

Representantes do Ministério da Saúde chegaram ao município para realizar uma visita técnica no hospital, na mesma data da audiência. A deputada também visitou o HMI antes da audiência pública, ocasião em que opinou que o local não reúne condições dignas para o atendimento de parturientes e bebês.

“Não dá mais para fingir que esses casos não existem porque tivemos um auditório cheio de pessoas dizendo o quanto essa violência é real e marca a vida delas”, resumiu a deputada. “Saio dessa audiência pública com a convicção de que somente a coletividade e a luta das mulheres poderão dar condições de combater esse quadro tão grave e precário”.


Além do envio das denúncias à ONU e ao MPF, os participantes deliberaram que o relatório da audiência seja levado ao conhecimento de vários órgãos e autoridades, incluindo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; a primeira-dama Rosângela Lula da Silva; a ministra das Mulheres, Maria Aparecida Gonçalves; e os ministérios de Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e da Igualdade Racial (MIR).

Outra frente de atuação será o pedido de reabertura dos processos de violência denunciados contra gestantes, puérperas e recém-nascidos que foram arquivados no MPPA.

Em âmbito da Alepa, a audiência recomendou a criação de uma frente parlamentar sobre o tema, com a participação dos deputados Paula Titan (MDB), titular da Procuradoria da Mulher da Alepa, e do deputado Dirceu ten Caten (PT), assim como a criação de um grupo permanente de trabalho da CDH sobre o enfrentamento da violência obstétrica em Marabá.


Já em âmbito do mandato de deputada, Lívia Duarte se comprometeu a solicitar informações formalmente à Secretaria de Estado de Saúde Pública sobre a apuração e acompanhamento dos casos contidos no relatório; assim como a realização de um levantamento sobre a estrutura, as condições materiais, técnicas e de pessoal do HMI para garantir o atendimento digno às mulheres e aos bebês. Ainda, a psolista ficou de apresentar proposições de políticas de humanização do parto, incluindo campanhas e cursos de conscientização para mulheres e agentes públicos de saúde sobre a violência obstétrica, e a criação de canais de denúncia, além do acompanhamento e tratamento e da reparação aos órfãos e com sequelas em consequência do parto, entre outros.

Uma nova reunião será realizada em 20 dias para informar sobre as providências encaminhadas na Alepa.