Denunciado pelo Ministério
Público por crime eleitoral, o prefeito eleito João Salame se mostrou
extremamente tranquilo. Disse que quando for notificado vai se defender na
forma da lei, mas observa que foi pego de surpresa com essa notícia. Primeiro
porque isso não faz parte dos seus princípios e, segundo, por que fez uma
campanha modesta.
Salame fez questão de dizer
que respeita o trabalho do Ministério Público, mas esta acusação soa até como
brincadeira e não tem cabimento. “A sociedade de Marabá está cansada dessas
manobras no terreno jurídico, que estão ao largo da realidade”, afirma.
O prefeito eleito lembrou
que quem o conhece sabe que ele é avesso a qualquer tipo de doação, sobretudo
em período eleitoral. “Estou absolutamente tranquilo”, resume.
“Isso faz parte do processo
eleitoral. Há sempre aqueles que não gostam da vitória da gente. Mas tenho certeza
absoluta que o que o povo de Marabá quer é mudança e a nossa candidatura expressou
essa mudança de maneira límpida, sem praticar nenhum tipo de crime eleitoral,
fazendo uma campanha com pouquíssimo recurso financeiro e tenho certeza de que
o poder judiciário há de entender isso, que esse tipo de manifestação não deve
prosseguir”, finaliza.
Salame, o vice Luiz Carlos e
os vereadores eleitos Leodato Marques e Irismar Sampaio foram denunciados por
arrecadação ilícita de doação eleitoral, abuso de poder econômico e capitação
ilícita de votos.
Segundo a denúncia, um
boletim informativo da Igreja Assembleia de Deus os teria beneficiado. Por isso,
o MP quer a cassação de todos eles.