Inaugurado com muita festa, promoções e milhares de
consumidores, o Supermercado do Grupo Mateus chegou a Marabá oferecendo uma boa
infraestrutura e bons preços. Mas, por outro lado, não estaria respeitando os
direitos trabalhistas dos seus funcionários, principalmente no que diz respeito
ao trabalho aos domingos. Por isso, o grupo, que é um dos mais fortes do
Maranhão, pode se multado.
Quem afirma é o presidente do Sindicato dos
Empregados do Comércio de Marabá e Região (Sindecomar), Adelmo Azevedo. Segundo
ele, o Grupo Mateus é importante para Marabá, porque gera emprego e também
oferece mais uma opção aos consumidores, mas existe uma convenção coletiva que
precisa ser respeitada.
Nessa convenção coletiva local está determinado que
os empregados do comércio só podem trabalhar quatro aos domingos e devem
receber o pagamento d horas extras e também uma folga na semana.
No caso do Grupo Mateus, os funcionários trabalham
seis horas durante o domingo e não recebem hora extra, mas apenas folga. O
Grupo Mateus quer estabelecer uma carga horária de 7 horas e 20 minutos em cada
turno trabalhado aos domingos.
Isso é feito com base na legislação no Estado do
Maranhão. “Mas aqui nós temos uma convenção coletiva e não vamos fazer uma
convenção diferenciada”, afirma Adelmo.
Diante disso, o Sindecomar notificou o supermercado
no domingo (16) e encaminhou proposta de acordo com o grupo e, caso o Mateus se
recuse a assinar, pagará multa de um salário mínimo para cada funcionário (são
cerca de 400 colaboradores, o que daria algo em torno de R$ 250 mil). “Já está
avisado: se não assinar o acordo, o Mateus corre o risco de não abrir as portas
no domingo”, alerta Adelmo.
Ainda de acordo com o sindicalista, outro problema
que está ocorrendo no Supermercado Mateus é que os funcionários entram às 7h da
manhã e trabalham até as 14h sem direito a almoço ou lanche. “O funcionário que
tiver dinheiro no bolso merenda e o que não tiver fica com fome até as 14h”,
denuncia.
RESPOSTA
Por telefone a Assessoria de Comunicação do Mateus
informou que a diretoria do grupo não tinha conhecimento dessa situação e ficou
de resolver o problema o quanto antes por meio de sua assessoria jurídica.