Bairro
mais antigo de Marabá, o Francisco Coelho, o popular “Cabelo Seco”, tem uma
população pequena. São 3.500 moradores em 467 residências. Mas enfrenta hoje
uma grave crise social. Desassistido de políticas públicas e composto por uma
maioria de famílias de baixo poder aquisitivo, o bairro tem problemas com
tráfico de drogas e outros tipos de crime.
Diante
disso, a comunidade resolveu se mobilizar e fazer sua parte, auxiliando o
Estado no combate à violência, por meio de ações sociais, que serão desenvolvidas
a partir da criação do Conselho Comunitário de Segurança do Cabelo Seco.
A
diretoria do novo conselho deve ser definida durante reunião que acontece na
Praça Francisco Coelho, naquele bairro, nesta quarta-feira, às 19h.
Um
dos idealizadores da iniciativa, o ex-comandante do 4º Batalhão de Polícia
Militar (4º BPM), Estanislau Cordeiro da Silva, explica que é intenção do
conselho trabalhar principalmente com os jovens, tirando-os das drogas e
promovendo atividades sociais, como é o caso do futebol. Já existe uma
escolinha que atende cerca de 50 crianças e deve ser uma das importantes
ferramentas do conselho.
Cordeiro
observa também que os moradores do bairro estão preocupados com a crescente
onda de violência e muitos já se mostraram dispostos a colaborar com a
iniciativa. Além disso, parceiros como a Polícia Militar, OAB e setores da nova
administração municipal também já se prontificaram a apoiar a nova entidade.
Atual
presidente do Observatório Social de Marabá (OSM), Luiz Carlos Gomes, observa
que a nova entidade será vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Ele reforça a importância da família nesse processo,
por meio do projeto “Vizinhança Solidária”, e deixa bem claro que a idéia do
conselho não é fazer um papel de órgão repressor, porque este é o papel da
polícia.