Preocupados com a crise que se instalou no município
desde o final de 2008, empresários do setor guseiro em Marabá procuraram o
prefeito eleito João Salame (PPS). A idéia é encontrar saídas para que a
atividade, que já foi o carro-chefe da economia local, volte a funcionar e a
gerar emprego.
Para se ter uma idéia do quanto a crise é grave, no
auge da produção em Marabá, o setor guseiro chegou a empregar oito mil
funcionários diretos e cerca de 36 mil em toda a cadeia produtiva. Mas hoje o
Distrito Industrial de Marabá (DIM) parece mais uma cidade fantasma e não
mantém sequer 3 mil postos de trabalho diretos.
O caso mais emblemático é o da Cosipar, a primeira
siderúrgica instalada no DIM. Inaugurada em 1986, a empresa, a siderúrgica
fechou as portas no final de outubro e promoveu demissão em massa de quase 400
funcionários.
Segundo João Salame, durante a reunião com o setor
guseiro, ficou claro que a atividade sofre hoje com dois grandes problemas. O
primeiro é quanto ao preço do minério de ferro fornecido pela Vale e o segundo
é que precisa ter carvão de origem legal, o que é uma dificuldade muito grande
para que isto ocorra. “É preciso definir uma política clara de reflorestamento
e há dificuldades para que isso aconteça”, observa.
Ainda de acordo com ele, o próximo passo é manter
audiências com os envolvidos na questão: “Vou procurar a diretoria da Vale,
para dialogar; já estive no Ibama; vou procurar a Secretaria de Meio Ambiente e
espero que o governador também esteja sensível a este diálogo, pra que a gente
encontre uma maneira de superar esses obstáculos e fazer com que o Distrito
Industrial de Marabá volte a funcionar a plena carga, gerando os empregos que a
gente precisa para que o nosso povo tenha um pouco mais de tranquilidade”.