Não há dúvidas de que o Pará é um Estado de dimensões continentais, difícil de ser administrado.
Não existem dúvidas também de que o Pará abriga regiões com diferenças culturais e sociais gritantes.
Também é de conhecimento geral que as regiões sul e sudeste do Pará sempre foram alijadas pelos governos estaduais desde que o Pará é Pará.
Todos esses elementos já são boas justificativas para a divisão territorial, que tanto se prega.
Mas é muito simplório imaginar que a única forma de desenvolver uma região é simplesmente dividindo o Estado.
Além do mais, o comportamento dos políticos da capital em relação ao interior do Estado é o mesmo dos nossos amigos separatistas em relação às zonas rurais dos municípios.
Parafraseando o grande escritor uruguaio Eduardo Galeano, se nossa Serra dos Carajás produzisse rabanetes, ao invés de ferro, nossos políticos estariam tão interessados na emancipação? E os políticos da capital estariam tão preocupados em perder este território?
Acho pouco provável.
É por essas e outras que ainda não me decidi completamente em relação ao plebiscito.
O problema é que, mais cedo ou mais tarde, terei que tomar uma decisão.
Vamos estudar mais um pouco.