Ainda esta semana, o Sindicato dos Metalúrgicos de
Marabá (Smetal) deve apresentar à Justiça do Trabalho um relatório com os
direitos trabalhistas dos quase 400 funcionários que foram demitidos da
Siderúrgica Cosipar, que fechou as portas há duas semanas.
O objetivo é garantir que todos os direitos sejam
pagos aos trabalhadores. O sindicato fala até em pedir o bloqueio dos bens da
empresa para leilão se for necessário, segundo afiançou Neiba Nunes Dias,
presidente do Simetal.
“Se não aparecer verba para honrar os compromissos,
serão leiloados os bens da empresa. O que não pode é penalizar o trabalhador,
que não tem culpa de nada”, confirma.
Fundada em junho de 1986, a Cosipar é a siderúrgica
mais antiga do Distrito Industrial de Marabá. Mas não resistiu à queda no preço
do ferro-gusa e promove demissão em massa. Muitos dos metalúrgicos demitidos já
têm mais 20 anos de trabalho e temem não receber os direitos devidos.
A direção da empresa ainda não se pronunciou sobre a
situação embaraçosa, que envolveria até dívida com fornecedores de carvão
vegetal, matéria-prima usada na fabricação do ferro-gusa.