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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"Paraensismo"


Às vezes as pessoas nem se dão conta do quanto algumas iniciativas podem ser nocivas à sociedade.
Vejo crescer em Belém um movimento que muitos chamam de “Paraensismo”.
O cerne do movimento é até interessante: valorizar os costumes de um povo, mas existe um perigo aí. Sabia?
Não se pode querer uniformizar culturas, querer moldar uma sociedade hegemônica. Historicamente está comprovado que essas tentativas acabaram descanbando para o etnocentrismo e, por fim, para as barbáries que mancham de sangue os livros de história.
Se o Brasil é um mosaico de gostos, sotaques, geografias, o Pará, um dos maiores Estados, é também assim.
Os paraenses da capital são fisicamente diferentes daqueles que nasceram no sul e sudeste do Pará; têm sotaque diferente, gosto musical diferente; culinária também distinta, nem por isso deixamos de ser paraenses.
Isso está oficializado, sacramentado.
Quem nasceu no Pará é paraense e acabou. Independentemente de qualquer coisa.
Viva a diferença!
Viva o diferente!
Como diria um amigo meu, “Se eu fosse igual a todo mundo, quem seria igual a mim?”