Às vezes as pessoas nem se dão conta do quanto
algumas iniciativas podem ser nocivas à sociedade.
Vejo crescer em Belém um movimento que muitos chamam
de “Paraensismo”.
O cerne do movimento é até interessante: valorizar
os costumes de um povo, mas existe um perigo aí. Sabia?
Não se pode querer uniformizar culturas, querer moldar
uma sociedade hegemônica. Historicamente está comprovado que essas tentativas
acabaram descanbando para o etnocentrismo e, por fim, para as barbáries que
mancham de sangue os livros de história.
Se o Brasil é um mosaico de gostos, sotaques, geografias,
o Pará, um dos maiores Estados, é também assim.
Os paraenses da capital são fisicamente diferentes
daqueles que nasceram no sul e sudeste do Pará; têm sotaque diferente, gosto
musical diferente; culinária também distinta, nem por isso deixamos de ser
paraenses.
Isso está oficializado, sacramentado.
Quem nasceu no Pará é paraense e acabou. Independentemente
de qualquer coisa.
Viva a diferença!
Viva o diferente!
Como diria um amigo meu, “Se eu fosse igual a todo
mundo, quem seria igual a mim?”