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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

É triste, mas é verdade



A consciência política do eleitor brasileiro é – de uma maneira geral – extremamente rasa. Isso é algo fácil de ser verificado, por exemplo, nas eleições proporcionais.
Com todo respeito aos vereadores eleitos e reeleitos, é de conhecimento público o que um candidato no Brasil gasta de dinheiro para alcançar uma vaguinha na Câmara Municipal.
É grande a quantidade de eleitores que pedem algo aos postulantes. Isso se dá em maior escala na eleição para o Legislativo Municipal porque os candidatos são pessoas mais próximas do eleitor. Não existem barreiras sociais para inibir o homem comum de pedir um favor a determinado político.
Essa proximidade acaba com o pudor e desvela o verdadeiro ser.
E o que mais chama atenção é o fato de que a maioria dos eleitores pedintes requer algum benefício imediato e efêmero. Poucos pedem um emprego ou algo mais seguro. O objeto de escambo é, via de regra, dinheiro, tijolo, telha ou coisa parecida.
Uma vez eleito, o novo vereador tem que recuperar o dinheiro gasto na campanha, aí vai pressionar o prefeito por contratos, aluguel de veículos ou mesmo dinheiro em troca de apoio para aprovação de projetos de interesse do executivo.
É um catálogo de irregularidades, que evoluem à medida que sobem também os interesses.