Maurino sabe que venceu uma batalha, mas a guerra ainda está longe do fim.
Terá algo em torno de dois meses para juntar provas que garantam sua inocência no caso do Caixa 2, até porque, da próxima vez, se ele for afastado, o retorno estará num invólucro muito mais complexo do que este desatado em menos de 10 dias.
Talvez esse episódio na carreira política de um dos prefeitos mais folclóricos de Marabá possa lhe servir de lição daqui pra frente.
Maurino deve aprender em quem confiar e principalmente em quem não confiar.
Há na política marabaense criaturas que figuram e se transfiguram entre os dois mundos. Que passeiam entre rei morto e rei posto exercitando seu dom de persuasão, barganhando a própria alma, como se fosse mercadoria valiosa.
Maurino há de saber, depois do ligeiro ostracismo, que os governos é que mudam. Já alguns personagens nunca mudam, estão sempre no governo.
Não deve, o gestor reempossado ao cargo, sair por aí como inquisidor caçando bruxas e prometendo matar os que roubaram sua cueca pra fazer pano de prato.