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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Fazenda Cedro: Sem-terra tomam conta da sede. Polícia é acionada


Ao contrário do que se poderia imaginar, o clima continua tenso na Fazenda Cedro. Depois de todo o tumulto de ontem e da saída dos policiais do local, levando consigo os agentes que fazem a segurança da fazenda, os integrantes do MST ocuparam de vez a sede da propriedade.
 Como se sabe, ontem ocorreu conflito entre membros do MST e os seguranças, que teve como saldo 16 camponeses baleados.
 Autoridades do setor, vindas de Belém e de Brasília, iniciaram reunião na manhã de hoje para tentar chegar a um acordo sobre a propriedade, mas, enquanto isso, a tensão continua na Fazenda Cedro.
 Policiais do Grupo Tático Operacional, da Polícia Militar, e também da Delegacia de Conflitos Agrários, da Polícia Civil, já se deslocaram para a fazenda a fim de verificar o que realmente está ocorrendo.
 A Assessoria de Comunicação do Grupo Agro Santa Bárbara, que é dona da fazenda, informou à Imprensa que os integrantes do MST ocuparam a sede da propriedade e estão saqueando as casas dos funcionários e quebrando o que veem pela frente.
 O local está sem proteção policial. Assim, funcionários e patrimônio ficam à mercê dos invasores. É o que denuncia a Agro Santa Bárbara.
 Para a empresa agropecuária, que é dona de meio milhão de hectares nesta região, o ato praticado hoje pelo MST joga por terra a versão contada ontem por eles mesmos de que protestavam pacificamente em frente à propriedade.
 Embora tenham sido procurados, nem MST e nem CPT se pronunciaram sobre este assunto.
 No dia de ontem as entidades emitiram uma nota afirmando que dentro da Fazenda Cedro existe uma área de 826 hectares, que pertence á União, mas que era usada pela Agro Santa Bárbara como se pertencesse à empresa.
 Essa área foi desapropriada e entregue ao Incra para o assentamento de famílias, como confirmou o próprio superintendente regional do Incra em Marabá, Edson Luiz Bonetti.