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sexta-feira, 26 de junho de 2020

PSOL emite nota de solidariedade aos militantes do MST Pará


A região sul e sudeste do Pará é fortemente marcada por conflitos agrários fruto das políticas de ocupação da Amazônia que gerou concentração de terras nas mãos de latifundiários (banqueiros, empreiteiros, industriais, fazendeiros). A conivência e o conchavo de políticos, agentes públicos e latifundiários constituiu o sistema fraudulento de grilagem de grandes áreas de terras públicas que levou a expulsão de comunidades tradicionais da floresta.
Para proteção das terras fraudadas se constituiu a pistolagem no campo. O estado de forma conivente deixou livre para que se desenvolvessem milícias armadas que agiam sob o comando das velhas oligarquias locais e dos novos latifundiários. A violência não se constituiu ao acaso; ela faz parte das políticas exploração da região amazônica.
A luta pelo direito à terra, organizada pelo Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra, é uma forma legítima de exigir correção das injustiças que a concentração e a grilagem de terras criaram na Amazônia. Não aceitaremos a criminalização do movimento e de seus militantes, Manoel de Souza da Direção Estadual do MST, Eliana Tavares e Marcos Ferreira, acampados nos acampamentos Helenira Rezende e Hugo Chávez, que foram presos com base em frágeis acusações de envolvimento no homicídio de um acampado em 2018, na reocupação da Fazenda Cedro, ligada ao grupo Santa Bárbara do banqueiro Daniel Dantas. Segundo os advogados da Comissão Pastoral da Terra - Marabá (CPT), não há provas apresentadas que sejam suficientes para manter a prisão.
Expressamos nosso apoio e solidariedade aos companheirxs! Liberdade já!
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE
DIRETÓRIO MUNICIPAL DE MARABÁ