Com
32 mortes confirmadas de um total de 627 pacientes infectados, os números da
COVID-19 continuam subindo no Pará. A curva sobe exponencialmente e o mapa de calor
(acima) mostra como os casos avançam das extremidades em direção ao interior do
Pará.
Pelo
mapa, se vê numa círculo a região que vem de Tucuruí até Parauapebas, passando
obviamente por Marabá (marcada pela seta). Estamos na região que abriga a terceira maior mancha da doença, atrás da Zona Metropolitana e de Santarém,
quase na fronteira com o Amazonas.
Das mortes
Os
óbitos da doença se concentram em 9 municípios dos 43 que abrigam pacientes. Felizmente
Marabá não é um deles. Pelo menos não até aqui (11h da manhã de sábado, 18 de
abril), temos 5 casos confirmados, mas ninguém morreu.
Por
outro lado, Parauapebas tem duas mortes confirmadas (talvez três caso a SESPA
confirme mais um óbito que já foi anunciado pela prefeitura), enquanto Rondon
do Pará também registrou uma morte, assim como Canaã dos Carajás.
Ao
mesmo tempo, os hospitais de campanha, ao que se vê, não dispõem da infraestrutura
necessária para enfrentar a crise iminente. O número de respiradores, como já
está dado pela Imprensa estadual, é inferior à demanda projetada.
Como está Marabá
No
caso de Marabá, a Prefeitura faz o quê? O que pode, prorrogando o prazo de isolamento
social, com retorno das aulas apenas em 6 de maio, mas mantendo o comércio
quase todo funcionando. Também está isolando feiras e praças.
Será
que pode só isso?
Onde
estão ações no sentido de dotar o Hospital Municipal de melhor estrutura para
uma possível corrida de pacientes com falta de ar?
Onde
estão os vereadores?
O
que dizem?
O
que sugerem?
Fazem
campanha de conscientização para que a sociedade se mantenha protegida e, na
medida do possível, isolada?
Sobram
problemas, sobram mortes, sobram incertezas e faltam protagonistas locais.
É
isso.
(Chagas
Filho)