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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Águia faz bom teste diante de uma fumaça chamada PFC sub-20

 


O jogo treino do Águia de Marabá na noite de ontem (29/12), no Estádio Zinho Oliveira, contra o Parauapebas Futebol Clube (PFC) sub-20, foi um ótimo teste para os comandados de Mathaus Sodré. O time marabaense venceu por 2x1, mas o resultado é o que menos importa. O que valeu mesmo foi ver como a equipe se comporta diante de um adversário que impõe um jogo físico em um gramado pesado.

Tudo bem que foi apenas o primeiro teste. Não é possível fazer nenhuma avaliação ainda, até porque o Águia colocou pelo menos 25 jogadores em campo e tudo ainda está muito insipiente. Mas com um olhar um pouco mais atento é possível perceber algumas coisas pelo menos neste momento inicial.

 DO JOGO

Antes de começar a análise, vamos às informações de praxe: o PFC saiu na frente com gol de Luiz Mota. O gol saiu depois de uma bola arriscada no meio, que o Águia perdeu, e também graças a uma poça de lama, que matou o zagueiro. Mas o Águia rapidamente empatou o jogo com um gol de cabeça do lateral Maicon, após escanteio cobrado por Igor Cuadrado.

No segundo tempo, uma mão dentro da área virou pênalti a favor do Águia. O centroavante Jheimy, que já começava a ser criticado pela torcida (por estar visivelmente pesado), cobrou como manda o figurino: goleiro no canto e bola no outro. Fim de papo.

 PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Qualquer análise nesse momento ainda é precoce, mas o que se viu no Zinho Oliveira ontem foi o Águia jogando no 4-2-3-1, esquema que tem sido mais utilizado pela maioria dos times brasileiros há algum tempo.

Mas alguns detalhes dão um “Sazon” nesse esquema “feijão com arroz”: os jogadores que atuam abertos pelo lado jogam com o famoso “pé trocado”: Romarinho destro na esquerda e Cuadrado canhoto na direita.

Isso possibilita que eles façam o facão tanto para chutar a gol quanto para se associar ao centroavante e aos demais companheiros. Outro fator importante é que, ao fazerem o facão, eles abrem o corredor para o lateral. No caso do jogo de ontem, o lateral esquerdo Maicon fez muito isso.

Outro fator interessante é que os dois homens de área (Luan Parede e Jheimy) têm características semelhantes: de retenção de bola, o que é importante porque eles têm capacidade de gerar jogo tanto para os homens de lado, que geralmente voltam para marcar, quanto para o meia e os volantes. É uma boa estratégia, sobretudo para gramados pesados como os do Pará.

As muitas substituições feitas ontem, que serviram para o técnico ver o comportamento dos atletas, mantiveram o desenho tático. Resta saber quais coelhos Mathaus Sodré terá na cartola para mudar o esquema de jogo quando isso se mostrar necessário. Veremos com o tempo. Ontem foi só uma pequena amostra.

 Por Chagas Filho