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segunda-feira, 18 de abril de 2022

Wandenkolk endurece discurso contra Vale, Buritirama e Equatorial

 

Novo secretário não usou meias palavras para cobrar pagamento de passivo social

 

Sem papas na língua, nem meias palavras, o novo secretário de Governo do Sul e Sudeste do Pará, Wandenkolk Gonçalves, já deixou claro que a relação do governo do Pará com as mineradoras Vale e Buritrama, assim como a Equatorial Energia, vai ser de cobrança para que esses grandes empreendedores paguem seu passivo social com a região.

Esse recado já tinha sido dado pelo próprio governador Helder Barbalho e pelo prefeito Tião Miranda, ainda no aniversário de Marabá (em 5/4), quando ocorreu a assinatura de contratos para a implantação do projeto Tecnored, em Marabá.

E se o governo do Estado vai mesmo adotar uma postura de mais cobrança – como parece que vai – o nome de Wandenkolk se encaixa como uma luva. Ex-deputado, Wandinho, como é conhecido, tem sido, ao longo de sua carreira política, um intransigente defensor dos direitos da região sudeste do Estado.

Durante sua coletiva de apresentação à Imprensa, na semana passada, ele deixou claro que o Estado quer essas grandes empresas como parceiras, mas a parceria precisa ser de mão dupla.

Críticas

Entre as críticas feitas à Vale estão empreendimentos iniciados e nunca concluídos, que geraram muita expectativa, como é o caso da Alpa – Aços Laminados do Pará. “Eu sempre disse que a Alpa era uma enganação e continuo afirmando. Sofri muito por causa disso, mas hoje as pessoas me dão razão”, lembra o secretário, ao defender a criação de um polo metal mecânico em Marabá ou ainda que se transforme o terreno doado à Vale para fazer a Alpa em uma espécie de mini distrito industrial, um espaço para pequenas empresas.

Sobre a Buritirama, o secretário afirmou que a mineradora precisa sanar a dívida homérica que tem com os fornecedores de Marabá e região. Para se ter uma ideia, a dívida da empresa pode chegar à casa dos R$ 50 milhões. Desse total, 60% seria apenas com fornecedores de Marabá.

A ideia do secretário não é de fechar as portas da empresa. Pelo contrário, o poder público precisa ser um elo para celebração de um acordo que garanta o pagamento dessa dívida, a começar pelos fornecedores menores.

Sobre a Equatorial, Wandenkolk Gonçalves entende que a concessionária precisa ampliar os investimentos em Marabá e região, para permitir a expansão de novos empreendimentos, que muitas vezes ficam engessados, justamente por falta de capacidade de geração de energia elétrica.

 

Acompanhe abaixo a matéria que foi ao ar pela TV Correio (SBT):