Novo secretário não usou meias palavras
para cobrar pagamento de passivo social
Sem papas na língua, nem
meias palavras, o novo secretário de Governo do Sul e Sudeste do Pará,
Wandenkolk Gonçalves, já deixou claro que a relação do governo do Pará com as mineradoras
Vale e Buritrama, assim como a Equatorial Energia, vai ser de cobrança para que
esses grandes empreendedores paguem seu passivo social com a região.
Esse recado já tinha sido
dado pelo próprio governador Helder Barbalho e pelo prefeito Tião Miranda,
ainda no aniversário de Marabá (em 5/4), quando ocorreu a assinatura de
contratos para a implantação do projeto Tecnored, em Marabá.
E se o governo do Estado
vai mesmo adotar uma postura de mais cobrança – como parece que vai – o nome de
Wandenkolk se encaixa como uma luva. Ex-deputado, Wandinho, como é conhecido,
tem sido, ao longo de sua carreira política, um intransigente defensor dos
direitos da região sudeste do Estado.
Durante sua coletiva de
apresentação à Imprensa, na semana passada, ele deixou claro que o Estado quer
essas grandes empresas como parceiras, mas a parceria precisa ser de mão dupla.
Críticas
Entre as críticas feitas à
Vale estão empreendimentos iniciados e nunca concluídos, que geraram muita
expectativa, como é o caso da Alpa – Aços Laminados do Pará. “Eu sempre disse
que a Alpa era uma enganação e continuo afirmando. Sofri muito por causa disso,
mas hoje as pessoas me dão razão”, lembra o secretário, ao defender a criação de
um polo metal mecânico em Marabá ou ainda que se transforme o terreno doado à
Vale para fazer a Alpa em uma espécie de mini distrito industrial, um espaço para
pequenas empresas.
Sobre a Buritirama, o
secretário afirmou que a mineradora precisa sanar a dívida homérica que tem com
os fornecedores de Marabá e região. Para se ter uma ideia, a dívida da empresa
pode chegar à casa dos R$ 50 milhões. Desse total, 60% seria apenas com
fornecedores de Marabá.
A ideia do secretário não
é de fechar as portas da empresa. Pelo contrário, o poder público precisa ser um
elo para celebração de um acordo que garanta o pagamento dessa dívida, a
começar pelos fornecedores menores.
Sobre a Equatorial, Wandenkolk
Gonçalves entende que a concessionária precisa ampliar os investimentos em Marabá
e região, para permitir a expansão de novos empreendimentos, que muitas vezes
ficam engessados, justamente por falta de capacidade de geração de energia
elétrica.
Acompanhe abaixo a matéria
que foi ao ar pela TV Correio (SBT):