Não fale que o vice-líder do governo Bolsonaro é do governo Bolsonaro, só porque ele é vice-líder do governo Bolsonaro.
As
coisas precisam ficar bem claras: o vice-líder do governo no Senado é nomeado pelo
presidente da República. No caso do senador Chico Rodrigues, flagrado pela Polícia Federal com
dinheiro entre as nádegas, a ligação com o presidente é mais concreta ainda. Ambos são
amigos há 20 anos, inclusive o próprio Bolsonaro classifica a relação dele
com Chico como uma quase “união estável”. Mas a ligação não para por aí.
Quando Bolsonaro queria indicar seu filho Eduardo Bolsonaro para ser embaixador nos EUA, Chico Rodrigues foi indicado para ser o relator do processo no Senado. Felizmente a experiência de fritar hamburger na Terra do Tio San não foi suficiente para inflar o "lattes" do "Zero um" a ponto de alça-lo à condição de embaixador.
E
tem mais coisa:
O
famoso Léo Índio, que é “brother” de Carlos Bolsonaro, filho "Zero 3" do presidente,
era até ontem (15/10) assessor de gabinete de Chico Rodrigues e só saiu agora depois do escândalo.
A nomeação de Léo Índio foi uma indicação do presidente e não se sabe exatamente o que ele fazia no gabinete do senador do cofrinho.
Diante
de tudo isso, quem tem olhos para ver verá que a relação do presidente com
todos esses corruptos é umbilical, porque ele também é desonesto. Sempre foi e dificilmente deixará de ser. Mas ainda posa de honesto, mesmo diante de mais um escândalo envolvendo dinheiro sujo.