No oitavo mandato, Miguelito bate recorde de produtividade |
Vereador no oitavo mandato, Miguel Gomes Filho acumula um
histórico invejável de projetos que viraram lei e hoje fazem parte da vida do
marabaense. Somente nos primeiros seis meses deste ano, Miguelito, como é
popularmente conhecido, conseguiu transformar nada menos de 15 projetos em lei.
Fora isso, existem outros cinco projetos aprovados que estão no “forno”
esperando apenas a sanção do Executivo Municipal.
O vereador convidou a Imprensa para fazer uma espécie de
prestação de contas de sua atuação parlamentar nos primeiros seis meses deste
ano. Entre os projetos que viraram lei estão a redução gradativa de materiais
plásticos; criação da cota de aprendizes em empresas; semana de orientação
vocacional; semana de bem-estar e proteção animal; assim como a lei que
estabelece normas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que
dá ao paciente a opção de ser removido para um hospital particular.
Outra legislação importante criada a partir de projeto de
Miguelito é a lei que dispõe sobre o conjunto de ações e campanhas de
conscientização sobre o capacitismo, para estudantes e profissionais da
educação tanto das creches e escolas públicas quanto particulares.
No “forno”
Em relação aos cinco projetos que aguardam sanção da
prefeitura, destaca-se a lei que garante o direito de prioridade de matrícula
de irmãos na mesma unidade escolar da rede municipal de ensino.
Também se destaca a lei que dispõe sobre a obrigatoriedade
das empresas com mais de 100 funcionários a contratarem mulheres negras para
ocuparem cargos no setor administrativo.
Canabidiol
Mostrando estar plugado nas necessidades mais emergentes da
sociedade, Miguelito apresentou um projeto de lei, que busca a aprovação para
que remédios à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) sejam distribuídos
gratuitamente pelas redes de saúde pública e privada da cidade conveniadas ao
Sistema Único de Saúde (SUS). Canabidiol é um óleo extraído da maconha,
medicamento que custa em média R$ 500 o frasco.
Segundo o vereador, o propósito da lei é garantir que
pacientes sejam tratados com a substância, caso ela seja prescrita por
profissional médico e tenha sua utilização fundamentada.
Mas o paciente precisa comprovar que não possui condições
financeiras de arcar com a compra da substância, nem mesmo de tê-la recebido
por meio de seu respectivo grupo familiar e/ou responsáveis legais.
O canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são
eficazes no alívio da dor relacionada a distúrbios nervosos e tratamento dos
sintomas de doenças que levam à dor crônica e dores na coluna.
Diálogos
O vereador explica que já presenciou, ao visitar uma
família, o quanto o canabidiol foi importante para acalentar uma criança que
sofria com problemas nervosos. Ao atestar com os próprios olhos, Miguel não
teve dúvidas de que precisava tocar o projeto com mais força, mesmo diante do
preconceito de uma parte da sociedade, que não aceita o medicamento por se
tratar de derivado da maconha.
Aliás, Miguelito conta que vem dialogando não apenas com os
outros vereadores de Marabá, mas também com representantes de segmentos sociais
no sentido de explicar a estes a importância do CBD e do THC.
“Não se deve colocar a coisa de forma pejorativa antes de se
conhecer sobre o assunto. A maioria dos meninos que tem autismo usa canabidiol,
e é importado ainda. Vi um pai que vendeu sua moto para poder pagar o
medicamento para o filho”, relatou o vereador.
(Chagas Filho)