Olhando as imagens das famílias das vítimas do
acidente que tirou a vida de 10 paraenses no Estado do Paraná, fiquei tocado de
imensa tristeza e me peguei a pensar em quantos tiveram tempo de dizer adeus, ou
quantos telefonaram para os pais minutos antes de partir; quantos podem ter
viajado guardando mágoas de alguém; quantos podem ter deixado alguém magoado.
Quem vai saber?
Às vezes nos bastamos em nós mesmos sem nos perceber
da surpresa irremediável que é a morte; sem nos perceber o quanto somos
efêmeros.
Às vezes não sabemos perdoar porque não nos
colocamos no lugar do outro; porque não fazemos concessões e achamos que nunca
vamos errar.
A vida vai torta diante dos nossos olhos e não
enxergamos que o amanhã não existe. Depois choramos o pranto sem conserto, sem
remédio, sem volta.
William Shakespeare disse certa vez que “não importa
quão boa seja uma pessoa, ela vai nos magoar de vez em quando e precisamos
perdoá-la por isso.”
Por pior que seja alguém ou por mais vil que tenha
sido o pecado desse alguém, sempre sobra algo para amar nas pessoas e todo dia
é dia de dizer isso, pois o amanhã...