A Assessoria de Comunicação do Grupo Agro Santa
Bárbara diz que os sem-terra estão agindo com violência; deram ultimato para os
funcionários da fazenda deixarem a área até o início desta tarde; e ainda
atearam fogo numa área do tamanho de 55 campos de futebol.
Por outro lado, os movimentos sociais, encabeçados
pela Comissão Pastoral da Terra, dizem que na fazenda existe crime ambiental.
Eles acusam os donos da área de derrubarem castanheiras.
Tanto a Agro Santa Bárbara quanto os movimentos
sociais enviaram fotos aos órgãos de comunicação para denunciar os crimes
ambientais supostamente cometidos pelas duas partes.
A Agro Santa Bárbara, que admite ter a posse da
área, afirma que os funcionários da fazenda estão sem condições de sair de suas
casas, incluindo mulheres, crianças e idosos, temem por suas vidas. A
alimentação também está terminando.
Por outro lado, a CPT afirma que foi a partir de
denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá que a
Secretaria de Meio Ambiente de Marabá flagrou a derrubada ilegal de
castanheiras na área.
Ainda de acordo com a CPT, a fazenda foi considerada
improdutiva pelo Incra, mas como a Justiça Federal ainda não desapropriou o
imóvel, os sem-terra resolveram ocupá-lo.