Já faz quase um século que os debates em torno da
sustentabilidade começaram se intensificar nesse “Mundão de Meu Deus”.
De lá para cá, já foram criados protocolos, feitas
reuniões internacionais, promulgadas sanções e deliberações e o que se vê é a
terra gemendo de dores inconsoláveis, machucada de tumores que sopram uma
fumaça cinza encortinando o céu de sujeira.
Enquanto isso, sobram conselhos e campanhas
publicitárias dizendo o que devemos calçar, vestir; onde devemos aplicar nosso
dinheiro que não temos; dizendo para não deixar papel no chão; separar o lixo
de acordo com suas características e tal...
Eu sei que tudo isso é importante, mas é uma gota
d’água no oceano comparado ao que realmente interessa.
Como sempre ocorre, existe uma tendência mundial,
cuidadosamente articulada, para colocar a culpa em quem não tem.
Na hora da prática, o mundo fecha os olhos para os
grandes poluidores, que contaminam a terra pela sua sede de dinheiro, enquanto
eu fico separando meu lixo na porta de casa, esperando o carro passar...