Nos últimos 20 dias o Ministério Público, com
apoio da Polícia Civil, fez duas operações em secretarias municipais, causando
alvoroço no centro administrativo da prefeitura. O último caso ocorreu na Secretaria
de Ações Comunitárias (Semac), durante a “Operação Fio de Ouro”, que
investigava possível fraude na realização de cursos profissionalizantes na área
de manicure, cabeleireiro, corte e costura e outros.
Sobre o assunto, a secretária de Ações
Comunitárias, Lucia Mendes, e a coordenadora de Projetos da Semac, Jezabel
Lopes Braga, procuraram este blog, munidas de farta documentação, para dizer
que não existe irregularidade alguma nos cursos.
Lúcia Mendes e Jezabel mostraram uma série de
documentos que, segundo elas, deixam claro não ter existido superfaturamento e
também que os cursos foram realizados, sim. Além disso, elas afirmam que
prestaram conta de tudo.
Ainda de acordo com os documentos apresentados
por elas, no ano passado, foram licitados R$ 1,392 milhão, para todos os cursos.
Mas R$ 606 mil, para qualificar aproximadamente 7 mil pessoas. São Números bem
menores do que os valores anunciados na mídia inicialmente.
A secretária disse achar estranho o fato de
nunca ter sido procurada pelo Ministério Público para apresentar as
documentações.
Já o prefeito Maurino Magalhães também falou
sobre o assunto. ele comparou as recentes operações do Ministério Público com
apoio da Polícia Civil com a época do regime militar.
O prefeito afirma, inclusive, que já recebeu
e respondeu mais de duas mil notificações do MP e da Justiça. Maurino até
brincou com isso: “Vou entrar no livro dos recordes”.
Na avaliação
de Maurino, o que existe é uma perseguição política contra ele.