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terça-feira, 10 de abril de 2012

“A morte sem colete”

“O político corrupto é pior do que o pistoleiro, do que o assassino de encomenda.
Este, o homicida, por mais psicopata e inescrupuloso que seja, tem um alvo certo, conhece sua vítima, estuda como fazer e depois vai lá e mata.
O político corrupto não. Ele mata ao acaso.
Pelas mãos dele, morrem a mulher gestante, a criança, o idoso, o pobre...
O político corrupto, além de assassino, é covarde.”
Gosto muito de filmes brasileiros e ouvi o discurso acima num deles. Ficou marcado para mim. Não precisei de gravador nem de Internet para transcrever essas palavras, porque elas tocaram fundo na minha alma.
Quando leio os jornais, quando assisto a TV, ouço rádio ou encaro ao vivo o povo morrendo por falta de atendimento na saúde; as crianças sem escola; gente sem emprego e os meninos desnutridos juntando sucata para não morrer de fome, penso nisso.
Sinto uma solidão que não tem comparação com quase nada que eu possa explicar.
É como se você fosse extremamente religioso, estivesse à beira da morte e, de repente, descobrisse que não existe Deus.