Não paramos pra pensar o que significa cada feriado
que comemoramos, o que representam essas datas e símbolos, que são capazes de
fazer muita gente ficar em casa descansando.
Pois bem (lá vai), para mim, essa data de hoje não é
digna de ser comemorada. Só nos mostra o quanto a elite paraense sempre foi
medrosa e pessimista em relação às mudanças.
Preferiu ser colônia de Portugal e só aderiu à
Independência quando viu caminho seguro pela frente, pois fomos a última
unidade da federação a reconhecer nosso próprio governo (algo assim como uma
“Maria vai como as outras”).
Tudo bem que eram tempos difíceis, as informações
andavam nas velas dos navios, quase que ao sabor do vento, mas houve
praticamente um ano entre a independência e a tal adesão do Pará a este
movimento.
Não me orgulho dessa data e gostaria profundamente
que ela nos fizesse refletir sobre a necessidade das mudanças.
É preciso exorcizar de vez os velhos generais que
mantinham relações promíscuas com a Coroa Portuguesa e vêm atravancando os
caminhos deste Estado até hoje.
Arrisco-me a dizer que só mudaram as cabeças debaixo
da coroa; as relações continuam as mesmas.