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quarta-feira, 21 de março de 2012

Pense nisso

Quando a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, foi publicada em 13 de maio de 1888, ela foi precedida, como se sabe, de outras leis, que serviram para amenizar a escravidão, até que ela fosse extinta, por inteiro.
Mesmo assim, os setores mais reacionários da sociedade foram contrários.
Vamos recordar: primeiro veio a Lei do Ventre Livre (1871), que tornava livres os filhos de escravos.
Aí (parece que eu estou vendo), aqueles que eram contrários começaram a protestar, dizendo que aquilo era um absurdo e coisa e tal.
Depois (1885), veio a Lei do Sexagenário, que livrava os negros escravos acima de 60 anos. Também sofreu reações contrárias.
Por fim, veio o golpe: a Lei Áurea, que tornava todos livres. Imagine o tamanho das críticas.
Naquela época, negro não era considerado gente como o homem branco. E mesmo se fosse, no máximo, seria um cidadão de segunda classe.
Caso vivessem na época da escravidão, as pessoas que hoje criticam o casamento gay e outros direitos negados àqueles que estão fora do padrão dito “normal”, provavelmente também seriam contra a abolição da escravidão no Brasil.
Pense nisso e vamos ao debate.