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quinta-feira, 24 de março de 2022

Águia na semifinal do Parazão e na Série D: Algumas coisas explicam isso


 

A classificação do Águia para as semifinais do Parazão e para a Série D, graças ao triunfo sobre o Castanhal e também à vitória do Paysandu sobre o Tapajós, é um prêmio para um time que atua profissionalmente desde 1999 e que já brilhou antes, mas andava no ostracismo nos últimos anos. Enfim, depois de seis anos o Águia volta a ter calendário no segundo semestre do ano que vem. Mas nada disso é por acaso. Existem coisas que explicam isso.

O líder

Entrevistei o técnico Wando Costa, antes do último jogo da fase de grupos. Ele não falou sobre esquema tático. Disse apenas que mexeu com a auto estima dos atletas, para que saíssem daquela incômoda situação, pois o time lutava na parte debaixo da tabela. Mas, para além disso, é nítido que Wando mudou o jeito de jogar. O time ficou nitidamente mais leve. Exemplo disso é o meia Adauto, que virou titular, e também os laterais. Mas tem mais coisa.

Planejamento

Na mesma entrevista, Wando deixou claro que o Águia viajaria a Belém com um planejamento para três jogos,  porque ele sabia, embora o adversário das quartas ainda não estivesse definido, que o "campeonato do Águia", naquele momento, seria garantir o retorno à Série D. O time passou ileso nas três partidas, tomando apenas um gol e agora está nas semifinais, podendo chegar à decisão.

Luan Parede

No dia17 de fevereiro, escrevi na minha coluna Na Resenha, no Correio de Carajás, sobre a importância do atacante Luan Parede para o funcionamento do jogo do Águia. Escrevi sobre como, em gramados pesados como os nossos, a manutenção do atleta em campo é importante para o time. A capacidade que ele tem de fazer a parede e segurar a bola faz com que a defesa respire e o restante do time se associe a ele nas jogadas ofensivas. Não, ele não é craque. Está longe disso. Mas também não é um perna de pau como dizem alguns. É só um bom jogador e isso não é pouca coisa.

Outro "detalhe". No momento em que eu escrevia a coluna (pouco mais de um mês atrás), ainda não havia me dado conta da importância do jogador na bola parada defensiva. Como ele ajudou no jogo contra o Castanhal!

Tem mais parede

Por fim, precisamos falar sobre outra "parede": Zé Ricardo. Foram três ou quatro defesas dificílimas. É aquela história, o goleiro é o primeiro jogador do time. Não dá pra pensar em Série D e semifinal de Parazão com goleiro meia boca.  E isso, Zé Ricardo já mostrou que não é. Aliás, pelo contrário, assim como Luan Parede, ele foi decisivo.

Domingo é pressão

No domingo (27), o Águia tem encontro marcado com o Paysandu, às17h, no bom e velho Zinho Oliveira, em Marabá. É mais um passo que o Águia dará para chegar novamente a uma final de Parazão, 12 anos depois.

Alguém ainda duvida?