Páginas

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O dia da vergonha


Não paramos pra pensar o que significa cada feriado que comemoramos, o que representam essas datas e símbolos, que são capazes de fazer muita gente ficar em casa descansando.
Pois bem (lá vai), para mim, essa data de hoje não é digna de ser comemorada. Só nos mostra o quanto a elite paraense sempre foi medrosa e pessimista em relação às mudanças.
Preferiu ser colônia de Portugal e só aderiu à Independência quando viu caminho seguro pela frente, pois fomos a última unidade da federação a reconhecer nosso próprio governo (algo assim como uma “Maria vai como as outras”).
Tudo bem que eram tempos difíceis, as informações andavam nas velas dos navios, quase que ao sabor do vento, mas houve praticamente um ano entre a independência e a tal adesão do Pará a este movimento.
Não me orgulho dessa data e gostaria profundamente que ela nos fizesse refletir sobre a necessidade das mudanças.
É preciso exorcizar de vez os velhos generais que mantinham relações promíscuas com a Coroa Portuguesa e vêm atravancando os caminhos deste Estado até hoje.
Arrisco-me a dizer que só mudaram as cabeças debaixo da coroa; as relações continuam as mesmas.