Páginas

terça-feira, 13 de março de 2012

Um dia bom

Sábado de manhã, enquanto muitos estão de ressaca (nada contra), outros trabalhando ou na igreja, tive a sorte de sair com a mulher amada e meus dois filhos para um passeio despretensioso pela Praça Duque de Caxias.
O maior, de seis anos, vai na frente, pulando que nem uma pipoquinha, protegido pela sombra das poucas árvores que ainda restam no centro da cidade.
O menorzinho, de seis meses, vai no carrinho, embalado pelas cores que penetram sua retina de novidades.
E eu...
Andei descalço, subi nos brinquedos mal cuidados da praça, tentando seguir o fôlego pueril de Guilherme, o primogênito. A alegria de ser criança é algo inexplicável e bom, como as coisas simples da vida.
Um menino de tantos brinquedos (talvez pra compensar minha ausência) se satisfez porque conseguiu fazer um maracá com duas tampas de garrafa peti e três pedrinhas.
Enquanto isso, Gabriel, aquele mais novinho, passeava do carrinho para o colo, olhando pra nós e sorrindo não sei de que, mas ele sabe.
Foi uma manhã tão simples e boa que eu até me esqueci que um dia eu vou ter que morrer.