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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os riscos da profissão

Meu velho pai sempre me dizia: “Diga a verdade, doa em quem doer”.
Então vamos lá.
A população de Marabá está entre a cruz e a espada, quando o assunto é coleta de lixo.
Eu sou radicalmente contra a terceirização do serviço de limpeza urbana. Mas do jeito que estava também era muito complicado.
Uma fonte de dentro da Secretaria Municipal de Administração me confirmou que, no mês de fevereiro, nada menos de 1.052 pessoas receberam pagamento como garis.
Isso mesmo: 1.052 pessoas. Por outro lado, agora com a terceirização, a informação oficial da prefeitura é de que existem apenas 610 trabalhadores. E quem são esses outros 442 “trabalhadores” que constam na folha de fevereiro?
Alguém da prefeitura precisa falar sobre isso, por que com o pagamento desses “trabalhadores” foram gastos miseravelmente R$ 220 mil.
Parte II
A Empresa Leão Ambiental contratou apenas 400 garis dos 610 contratados que oficialmente estão lotados na prefeitura.
Agora, vamos à continha de regra de três que não quer fechar.
Se 610 garis fazem somente 60% da limpeza urbana de Marabá, como é que 400 garis vão fazer 100%?
Preparem as narinas e as retinas porque o lixo parece que não vai abandonar tão cedo as nossas ruas.